sábado, 28 de janeiro de 2012

EUA planejam base militar marítima próxima ao Golfo Pérsico


Em meio ao aumento nas tensões diplomáticas com o Irã, por conta de seu polêmico programa nuclear, os Estados Unidos pretendem enviar imediatamente uma base militar marítima para o Oriente Médio.


Wikicommons
base EUA
EUA já possuem base militar no Bahrein além de dois porta-aviões na região do Golfo de Omã
A informação foi divulgada neste sábado pelo jornalWashington Post, que relata os planos do Pentágono, para, além de se preprarar para um eventual confronto com o regime de Mahmoud Ahmadinejad, também comabter piratas somalis e membros da rede terrorista Al Qaeda instalados no Iêmen.

Na reportagem, o porta-voz do comando da Marinha norte-americana, Mike Kafka, confirma os planos do Pentágono, mas evita apontar o local exato onde a base seria instalada. Fontes do governo norte-americano citadas pelo jornal indicam que estão em fase avançada os preparativos para transformar um antigo navio de guerra em uma base flutuante para soldados. O projeto está sendo desenvolvido "com pressa incomum" para esteja operacional já no "início do verão" (no hemisfério norte).

A base poderia acomodar navios menores de alta velocidade e helicópteros utilizados pelos fuzileiros navais, o grupo de operações especiais da Marinha que executou Osama bin Laden em maio de 2011.

O projeto é levado a cabo sob pedido do Comando Central do Departamento de Defesa, encarregado das operações militares no Oriente Médio, segundo documentos obtidos pelo diário.

Embora se desconheça a localização prevista para a base, alguns desses documentos indicam que poderia situar-se no Golfo Pérsico, onde o Irã ameaçou bloquear o Estreito de Ormuz, via crucial para a provisão de petróleo mundial, após a imposição de sanções pela União Europeia ao petróleo iraniano.

Os Estados Unidos contam atualmente com uma longa base naval no Bahrein e costumam ter pelo menos dois porta-aviões nas águas que cercam o Golfo Pérsico.


Fonte: Opera Mundi

Para ministro, governo Alckmin praticou terrorismo em Pinheirinho


O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) afirmou nesta sexta-feira (27) que o governo paulista praticou "terrorismo" na ação de reintegração de posse da comunidade de Pinheirinho, em São José dos Campos - interior de São Paulo.


Ele criticou a operação da Políia Militar - deflagrada no último dia 22 - e contestou a nota em que o PSDB, partido do governador Geraldo Alckmin, acusou o Planalto de "intromissão intolerável" por suas críticas ao episódio. 

"Lamento muito que se tente tergiversar a realidade. A realidade o Brasil todo viu: militares violando os direitos daquelas pessoas, o terrorismo para cima daquelas pessoas", disse. 

O ministro confirmou que a presidente Dilma Rousseff classificou a ação policial como "barbárie", em reunião com organizadores do Fórum Social Temático em Porto Alegre. 

"Não há politização ou questão eleitoral no caso. O que há é a necessidade de denúncia de um método que é equivocado. Contra essas palavras o que tem é a realidade que o Brasil inteiro viu." 

Carvalho afirmou que o governo paulista optou pelo enfrentamento armado, "sem respeitar a dignidade" das famílias que ocupavam o terreno. 

"O que se viu foi um grande aparato militar preparado e executado que não foi seguido do mesmo cuidado com a reacomodação das pessoas. Tudo aquilo poderia ter sido evitado", disse. 

"O diálogo não foi levado até o final e se preferiu a opção militar, que infelizmente deu no que deu. Não se trata de contestar direitos, de contestar a decisão da Justiça. Se trata de dialogar." 

Segundo o ministro, a Justiça é "sensível a soluções negociadas e que respeitem as pessoas". 

"Aquelas famílias são pobres e precisam ser tratadas com a mesma dignidade que aqueles que ocupam terras devolutas do Estado sem ser removidos", disse. 

Protestos 
A participação de Dilma no Fórum Social foi marcada por protestos contra a ação em Pinheirinho. Manifestantes cercaram o hotel em que ela ficou hospedada e entregaram à sua comitiva um manifesto com críticas ao governo paulista. 


Fonte: Folha.com

Receita publicará regras de ajuste da declaração do IR 2012

As regras para a declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) deste ano, sobre rendimentos do ano passado, serão praticamente iguais às da última declaração, com inclusão de “pequenos ajustes” decorrentes da correção da tabela de deduções. A informação foi dada pela coordenadora da área de Imposto de Renda da Receita Federal, Cláudia Lúcia Pimentel.

A Receita deve publicar instrução normativa até o fim da semana que vem, com o detalhamento decorrente da correção de 4,5% na tabela do Imposto de Renda, que eleva o limite de isenção de R$ 1.566,61 em 2011, para os atuais R$ 1.637,11. Também aumenta o limite para abatimento da renda tributável na declaração simplificada, que passa de R$ 13.317,09 para R$ 13.916,36.

A aplicação dos 4,5% corrige também os limites de declaração obrigatória para o assalariado que teve rendimento tributável anual de R$ 22.487,25 em 2010 e passou para R$ 23.499,17 em 2011, e para o produtor rural que obteve rendimentos acima de R$ 112.436,25 em 2010, agora reajustados para R$ 117.495,88. Números que ainda precisam ser confirmados na instrução normativa da Receita.

No ano passado, o contribuinte pôde deduzir R$ 1.808,28 por dependente; R$ 2.830,84 com educação e R$ 810,60 com contribuição previdenciária de emprego doméstico. Com a correção de 4,5%, as deduções passam para R$ 1.889,65 por dependente, R$ 2.958,22 com educação e R$ 847,07 nas contribuições de trabalho doméstico para a Previdência Social.

Claudia Pimentel entende que a divulgação das regras de declaração do IR precisa ser feita com bastante antecedência para que o contribuinte se prepare para cumprir o prazo de entrega da declaração, nos meses de março e abril.

Ressalvou, contudo, que a demora se deve à adaptação da Lei 12.594, do dia 18, que instituiu o Sistema Nacional de Atendimento Socieducativo (Sinase), que regulamenta a execução de medidas de apoio a adolescentes que praticam algum tipo de infração. O Artigo 87 permite que doações para fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente, nos três níveis de governo, sejam deduzidas do Imposto de Renda, quando devidamente comprovadas, desde que obedecidos os limites de 1% do imposto devido, no caso de pessoa jurídica (empresa), e de 6% quando o doador for pessoa física.

A Receita lembra que, como no ano passado, as declarações só serão recebidas por meio eletrônico, via internet, que, além de comodidade para o declarante, oferece mais agilidade e segurança ao processo. Tanto que 24,37 milhões de pessoas cumpriram a obrigação com o Fisco dentro do prazo, no ano passado.

Da Agência Brasil

Unificação salarial de professores é uma das prioridades de Mercadante

A saída de Malvina Tuttman do comando do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (lnep) marcou o início das reformas pretendidas pelo novo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em uma pasta recheada de problemas na realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e pelo insucesso na negociação com estados e municípios em torno do piso salarial dos professores %u2014 hoje considerado pelo setor como um dos maiores desafios do ministério para os próximos anos.

A articulação com governos estaduais em relação ao cumprimento do piso salarial de professores da rede pública de ensino é uma das prioridades de Mercadante.

O petista teve apoio amplo dos profissionais de educação em São Paulo em sua campanha pelo governo estadual, em 2010, e é visto pelo setor como um quadro de peso para a negociação. A conquista do cumprimento do piso, fixado em R$ 1.187,97 e ratificado em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), contará pontos para Mercadante, que tem ambições de voltar a disputar o governo paulista em 2014.

Mercadante ainda terá que enfrentar uma dura queda de braço com as demais pastas da Esplanada para evitar um contingenciamento de grande porte em seu ministério e garantir, dessa forma, seus planos de expansão do investimento no ensino infantil.

O crescimento dos recursos para o setor são fundamentais para destravar o programa Mais Educação, que pretende ampliar o tempo de permanência de alunos da rede pública com a oferta de jornada em tempo integral. Lançado por Fernando Haddad em 2008, ainda na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o projeto não vingou até agora. Priorizar a alfabetização de crianças de até 8 anos, objeto do programa Alfabetização na Idade Certa, que será lançado neste semestre, também depende do crescimento do aporte para o ensino infantil. O projeto é considerado como uma das principais bandeiras de Mercadante.

Inep
A necessidade de ajustes na logística do Enem, que atinge cerca de 5 milhões de estudantes e envolve um universo em torno de 400 mil profissionais, a cada edição, foi citada diretamente por Mercadante já em seu discurso de posse. "Pretendo realizar ampla consulta com especialistas de alto nível para buscar soluções que melhorem a eficiência e reforcem o caráter republicano e democrático do Enem", afirmou o ministro, na solenidade.

Apesar dos fracassos colecionados pelo instituto na realização do exame, Mercadante enfrenta resistência interna no Inep em relação às mudanças pretendidas no órgão. Os dois nomes mais cotados para suceder Malvina %u2014 o atual secretário da Educação Superior, Luiz Cláudio Costa, e a diretora de avaliação da educação superior do Inep, Cláudia Griboski %u2014 são rechaçados dentro do instituto.

A secretária de Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda, também já anunciou sua saída do MEC. Os secretários de Educação Profissional e Tecnológica, Eliezer Pacheco, e de Articulação com os Sistemas de Ensino, Carlos Abicalil, devem ser os próximos a deixar o governo, em meio às mudanças promovidas por Mercadante.


Foto: Correio Brasiliense

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

TJ nega pedido de habeas corpus de George Olímpio


Preso desde o último dia 24 de novembro, ele é apontado pelo MPE como líder de um grupo que operava contratos fraudulentos de dentro do Detran.


Foto: Canindé Soares
Os desembargadores do Tribunal de Justiça negaram nessa terça-feira (17), mais um pedido de habeas corpus dos advogados de defesa de George Olímpio, preso desde o último dia 24 de novembro, pelo suposto envolvimento em um esquema de contratos fraudulentos, operados de dentro do Detran.

Olímpio e outras 13 pessoas foram presos durante a operação “Sinal Fechado”, deflagrada pelo Ministério Público Estadual em novembro passado. Ele é apontado pelo MPE com o líder do grupo.
 
Fonte: Nominuto.com

Até Turma da Mônica protesta contra lei antipirataria dos EUA


Turma da Monica
Turma da Monia

Pelo Twitter, o cartunista Mauricio de Sousa anunciou o protesto da Turma da Mônica contra um projeto de lei do Congresso dos Estados Unidos que procura combater a pirataria on-line, a Sopa (Stop Piracy Act), e sua versão correspondente que está no Senado, a Pipa (Protect IP Act).


O site da turma se une a mais de 10 mil sites que protestam virtualmente contra a lei e ficará fora do ar por 24 horas por não concordar com as limitações impostas. 

"Por aquim a única SOPA que apreciamos é a que a Magali toma; e PIPA, só a amiga da Tina ou aquela que voa livre pelos céus", diz a mensagem. 

SOPA 

O Sopa (Lei para Parar com a Pirataria On-line, em inglês) tem colocado em fronts opostos setores do Congresso dos EUA, gigantes da área de entretenimento e titãs da internet, apoiados por juristas e acadêmicos. 

A favor da lei, estão as indústrias de cinema, TV e música, além de provedoras de TV a cabo e internet. 

No campo oposto, estão empresas como Google, Yahoo!, YouTube, Facebook, Foursquare e Mozilla, que afirmam que a linguagem vaga do projeto torna portais, sites de busca e redes sociais legalmente responsáveis por abrigar sites e links com conteúdo pirata e passíveis das mesmas penas: bloqueio sumário e veto a anunciantes. 

Com esse ônus, a lei busca monitorar com lupa o conteúdo. As empresas, porém, dizem que é tarefa impossível e que seriam levadas a censura preventiva. 

Fonte: Folha

Padilha visita São Paulo para discutir combate ao crack


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o governo federal vai investir R$ 6,4 milhões em programas de tratamento de dependentes químicos na capital paulista. Ele visitou a cidade hoje (18) para discutir ações para a recuperar a área que ficou conhecida como cracolândia.



Padilha explicou que R$ 3,2 milhões já estavam previstos, desde dezembro de 2011, para serem repassados no primeiro semestre deste ano ao governo municipal. A novidade é que essa quantia vai continuar sendo investida no últimos seis meses de 2012, o que somará R$ 6,4 milhões neste ano.

O ministro e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), visitaram o Complexo de Saúde da Sé, por volta das 10h. Eles vistoriaram os serviços oferecidos pelo complexo, que reúne na região central da cidade uma unidade de Assistência Médica Ambulatorial (AMA), um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) infantil e um Centro de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas (Caps AD).

Padilha, que é médico infectologista, chegou ao centro de saúde vestindo jaleco do Sistema Único de Saúde (SUS). O governo federal tem um Plano de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas e no ano passado Kassab e Padilha debateram em Brasília como a capital paulista participaria da iniciativa.

Operação

A operação que acontece desde o dia 3 de janeiro na cracolândia, no centro de São Paulo, comçou a demolir seis imóveis da região, após a interdição de mais de 30 considerados irregulares na área. Os estabelecimentos, localizados nas alamedas Barão de Piracicaba e Dino Bueno, rua Helvetia, avenida Rio Branco e largo Coração de Jesus, abrigavam comércios, bares, hotéis e pensões construídas irregularmente.

A ação foi realizada ontem por 250 homens, divididos em 20 equipes, compostas por agentes, engenheiros e agentes de apoio, que contaram com o auxílio de 40 caminhões. As fiscalizações deverão continuar ao longo da semana.

Segundo o mais recente balanço divulgado pelo governo estadual, os agentes de saúde realizaram 2.111 abordagens desde o começo da operação, feita em conjunto com o município, sendo que 92 foram internadas e outras 352 foram encaminhadas para serviços de saúde, sem especificar qual tipo de atendimento estão recebendo. A Secretária de Segurança Pública (SSP) afirma que a ação não tem prazo para terminar e que não há erros na operação.

Entretanto, o que se vê desde o início são ações atropeladas seja do comando da PM, seja da Gaurda Civil Metropolitana (GCM). Começou antes da hora planejada, sem o conhecimento do prefeit, do governaor e do comando geral da Polícia Militar. Além disso, entidades da sociedade civil acusam os governos de agir de maneira violenta contra os usuários. O próprio coordenador da saúde, do governo do estado, reconheceu que as ações se baseiam na dor e sofrimento do dependente que fica acuado, cercado, sufocado, que deu nome à operação, Sufoco, e acaba cedendo.  

O uso da força também é duramente criticado. Imagens mostraram a Polícia Militar usando balas de borracha e bombas de efeito moral contra os usuários. A SSP, depois da divulgação das imagens, proibiu o uso desse armamento. O Ministério Público chegou a abrir inquérito para investigar a atuação da PM na operação.

Quem deu ordens para operação?

Uma reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”, na segunda-feira (16), mostrou que Kassab e Alckmin decidiram, no dia 1º de dezembro, pelo uso ostensivo da Polícia Militar na cracolândia. Até então, havia grupos que defendiam prioridade à ação social e de saúde pública. O combate ao tráfico foi definido após o secretário municipal, Januário Montone (da Saúde), ter dito que sem repressão da PM, todos seguiriam "enxugando gelo".

No entanto, nenhum grande traficante foi preso até agora. A maior apreensão feita pela polícia foi na noite de quinta-feira (12), quando uma mulher foi detida com 16 mil pedras de crack que seriam distribuídas na região.

Com Agência Estado

Cracolândia: qual será o próximo passo para 'limpar' região?


Qual será o próximo passo dos governos estadual e municipal na Cracolândia, região central de São Paulo, para expulsar moradores e usuários de crack? Essa é a pergunta que ficou no ar na reunião extraordinária que aconteceu na tarde de hoje (18), na Câmara Municipal. Hoje, 15 dias depois do início da Operação Sufoco na região da Luz, centro da cidade, estabelecimentos e pensões foram lacrados e demolidos pela prefeitura, sem um comunicado prévio ao Ministério Público, à Defensoria ou, pelo menos, às famílias despejadas.


demolição cracolândia
Demolição de prédios na rua Helvétia, região da Cracolândia, em SP / foto: AE
Vereadores, órgãos públicos e entidades da sociedade civil estiveram presentes na atividade.

A prefeitura não foi localizada para comentar, por passar do horário comercial, mas um representante do município presente na reunião da Câmara disse que as ações foram tomadas por se tratar de uma área de interesse social, sem especificar o que será construído no local, e que muitos imóveis estavam irregulares, sem pagar o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) há muitos anos.

“Ora, mas como isso acontece assim de uma hora para outra. Por que então isso não foi feito antes? Por que somente agora e dessa maneira assim imediata foram demolidos? Se não apresentavam nenhuma condição de habitação, por que serviam de moradia para pessoas que inclusive recebiam auxilio aluguel da prefeitura”, questionou o promotor Mauricio Ribeiro Lopes, do Ministério Público Estadual, que abriu inquérito para apurar os fechamentos e demolições. “ Vemos muita sincronia da prefeitura com a especulação imobiliária”, completou.

Ele descartou a possibilidade de uma ação cautelar para impedir as demolições por falta de documentos que comprovem a regularidade dos imóveis e por causa do apelo social que está ganhando.

Vereadores que acompanharam, durante a manhã desta quarta-feira, o despejo de famílias que moravam nas pensões lamentaram o fato, como a vereadora Juliana Cardoso (PT). Já o vereador Ítalo Cardoso (PT), vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e 1º secretário da Mesa Diretora da Câmara, falou sobre a falta de opção dos moradores que lá se encontravam.

“Incompreensivelmente começaram a demolir casas e famílias que nada têm a ver com o problema alegado para a intervenção foram levadas no mesmo movimento. Essas famílias não estão lá porque querem, mas porque não tem outra opção de vida”, criticou Ítalo Cardoso. 

Segundo Cardoso, “é sabido” que a Prefeitura tem interesses comerciais lá. “Antes de erguer edifício bonito e trazer cachorros para amedrontar as pessoas, temos que pensar que lá estão jovens que querem ajuda para serem inseridos de volta na sociedade. Esse problema não se resolve com polícia, é uma questão social”, completou.

A Defensoria Pública, também presente na reunião, intensificou sua atuação na região da Luz, colocando à disposição das pessoas em situação de rua psicólogos e assistentes sociais. “Já somamos 74 denúncias formuladas, algumas documentadas com fotos e testemunhas. Outras são relatos de moradores inconformados com a maneira como a operação é conduzida e até pessoas que participam da operação”, afirmou Carlos Weis, coordenador do Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos da Defensoria de SP. 

“Com base nas denúncias, podemos perceber que não há desvio de conduta de um ou outro policial, mas que eles seguem orientações superiores na grande maioria dos casos”, afirmou Carlos Weis, que condenou as novas medidas tomadas na cracolândia, referindo-se às interdições e demolições de imóveis.

Lembrou que algumas conquistas foram alcançadas como o não uso de balas de borracha e gás lacrimogêneo, mas falou do fato da polícia conduzir os grupos de usuários pelas ruas da região. Ele comparou o movimento de tangenciar os grupos ao movimento dos peões que conduzem uma boiada. 

Ação federal

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou investimento de R$ 6,4 milhões para programas de tratamento de dependentes químicos na Cracolândia. Ele visitou a unidade de saúde para acolher e tratar usuários de drogas, que está sendo construída na Rua Prates. Padilha disse que as 16 equipes de saúde que atuam em São Paulo serão treinadas para atuarem como consultórios de rua, projeto do governo federal que oferece apoio ao usuário de drogas em seus ambiente de consumo.

Leon Garcia, da coordenação de Saúde Mental do Ministério da Saúde, representante do ministro na reunião, disse que o ministério estuda com o município a possibilidade de com que algumas unidades dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) funcionem 24 horas. A estrutura de saúde da unidade na Rua Prates e o Caps no Jardim Ângela já foram escolhidos para funcionar dia e noite.

“Nosso trabalho se pauta essencialmente pela garantia e pela promoção de direitos dos cidadãos. Se não houver um trabalho coordenado entre as esferas de poder, vamos não só fracassar como criar problemas e situações que não gostaríamos de ter. Primeiro vamos adiantar recursos para os municípios que sofrem com o problema, para que alguns novos serviços sejam abertos. Em São Paulo, a indicação é para reforçar os centros de recolhimento”, disse Garcia.

Serão criadas dez residências terapêuticas em São Paulo até março deste ano. As estruturas são consideradas a última etapa do tratamento de dependentes químicos. Nelas, os usuários em recuperação partem para a reinserção social. São Paulo possui 1.200 leitos para internação psiquiátrica, que podem ser utilizados para tratamento de vício de drogas. Destas, 370 vagas são especializadas em tratamento contra dependência química.

O vereador Jamil Murad, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, lembrou que a solução adotada na cracolândia é eleitoreira e que é preciso esclarecer à população os métodos usados,que infringem os direitos humanos.

“Não podemos deixar que essa tragédia da dependência química seja manipulada ou usada de maneira leviana e como instrumento eleitoral. É um sério, não tem resultado imediato nem milagre, temos de ter paciência e persistência para continuar. Temos que ganhar a sociedade e as autoridades para essa política de respeito à população”, disse o vereador Jamil Murad (PCdoB), 
Segundo dados da Polícia Militar, até a manhã desta quarta já haviam sido realizadas 6.242 abordagens na região. Ao todo, foram detidas 157 pessoas, sendo que 43 eram procuradas pela Justiça e 62 kg de drogas foram apreendidos. Desse total, 15,1 kg de cocaína; 43,3 kg de maconha e 3,3 kg de crack.

da redação do Portal Vermelho, com informações da Câmara Municipal

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

ABC apresenta elenco nesta terça-feira

Assim como aconteceu nos anos anteriores, o ABC fará uma grande festa para apresentar o elenco que vestirá a camisa alvinegra durante a temporada de 2012. O evento ocorrerá na noite desta terça-feira (10), no estádio Frasqueirão, com início marcado para às 19h30.

Os novos atletas contratados - como Raúl e Washington, principal reforço do clube para 2012 - e os remanescentes do ano passado serão apresentados oficialmente à torcida durante a festa. O evento contará também com shows do humorista Zé Lezin e da banda potiguar Uskaravelho. 

Para poder ter acesso à festa, os torcedores que são sócios do clube precisarão levar apenas 1 Kg de alimento não perecível. Para os que não forem sócios do clube, serão necessários 1 Kg de alimento e mais cinco apostas na timemania.
Fonte: TNOnline

Venda de ingressos para América x Caicó inicia nesta quarta-feira

O vice-presidente do América, Kleber Carvalho, confirmou que os ingressos para a partida de estreia do alvirrubro no Estadual 2012, contra o Caicó, no próximo domingo (15), começarão a ser vendidos nesta quarta-feira (11).

Júnior SantosO alvirrubro fará sua estreia no próximo domingo (15), às 16h, no NazarenãoO alvirrubro fará sua estreia no próximo domingo (15), às 16h, no Nazarenão

Fonte: TNOnline
Os valores serão definidos em uma reunião da diretoria nesta terça-feira (10), na Sede Social do clube. Mesmo assim, o torcedor ainda pode aproveitar a promoção do Sócio Dragão, que manteve os mesmos preços de 2011 até o sábado (15).

O jogo entre América e Caicó está marcada para as 16h do próximo domingo (15), no estádio Nazarenão, em Goianinha-RN.


BNDES já financiou R$ 3,5 bi para obras nos estádios da Copa 2014

Oito cidades-sede já obtiveram o dinheiro, enquanto os projetos da Arena de Itaquera e da Arena da Baixada estão sendo analisados pelo banco

Oito cidades-sede já solicitaram e obtiveram empréstimos para a construção ou reforma de seus estádios para a Copa do Mundo 2014 junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (dez se interessaram). E o valor totalizou cerca de R$ 3,589 bilhões, segundo levantamento divulgado pelo BNDES.

Maracanã obteve empréstimo de R$ 400 milhões junto ao BNDESOs projetos já aprovados e contratados são os dos estados do Amazonas (R$ 400 milhões), Bahia (R$ 323,7 milhões), Ceará (R$ 351,5 milhões), Mato Grosso (R$ 392,3 milhões), Minas Gerais (R$ 400 milhões), Pernambuco (R$ 400 milhões), Rio de Janeiro (R$ 400 milhões) e Rio Grande do Norte (R$ 398,7 milhões).

Dois pedidos recentes de financiamento ainda estão em fase de análise pelo banco. O primeiro refere-se à construção do estádio do Corinthians, em Itaquera, que solicita o valor total de R$ 400 milhões. Já a reforma da Arena da Baixada, do Atlético-PR, é a que requer o montante mais baixo: R$ 123 milhões. O estádio só precisa de ajustes externos, ampliação da arquibancada - para atender a exigência da Fifa de mínimo de 40 mil lugares - e de infra-estrutura tecnológica.

O programa de financiamento do BNDES foi prorrogado até dezembro deste ano. Os financiamentos concedidos podem ser de, no máximo, R$ 400 milhões, ou 75% do valor total do projeto. Até o momento, Brasília e Porto Alegre não solicitaram o financiamento, que será quitado em até dez anos pelos governos.

* Fonte: globoesporte.com

Raridades dos tempos do vinil

A música faz parte do cotidiano do planeta desde tempos imemoriais, e quando considerada uma abordagem naturalista chega-se a conclusão de que ela existe antes mesmo de ser ouvida. Também não adianta tentar defini-la, inexiste um conceito único que abarque todos os seus significados. 
Alberto LeandroCom o maior acervo de discos de vinil do Estado, próximo a 30 mil Lps, discoteca da Rádio Cabugi (Globo) possui raridades da MPB, potiguar, internacional e até  entrevistas e poesia em LP.Com o maior acervo de discos de vinil do Estado, próximo a 30 mil Lps, discoteca da Rádio Cabugi (Globo) possui raridades da MPB, potiguar, internacional e até entrevistas e poesia em LP.

Do ponto de vista industrial, a música manteve por longo tempo uma relação íntima, e praticamente exclusiva, com as emissoras de rádios e a indústria fonográfica. E antes da televisão dominar lares ao redor do mundo e muito antes da tecnologia subverter todo o mercado, era o rádio que reinava soberano: ditava moda, determinava tendências, construía mitos e apontava sucessos. Capítulos importantes dessa história sonora passaram a ser contados diariamente aqui no Rio Grande do Norte, na faixa de 640 kilohertz, a partir de 1954, quando a Rádio Cabugi AM entrou no ar.

Prestes a completar dez anos como integrante de uma rede nacional, quando, a partir de 2002, passou a ser sintonizada como Rádio Globo Natal, a emissora é hoje guardiã do maior acervo de discos de vinil do Estado - entre LPs e compactos, aqueles disquinhos promocionais que traziam uma única música gravada de cada lado, as chamadas "músicas de trabalho" (ou singles) que atualmente são disponibilizadas gratuitamente na internet.

A programação local da rádio encolheu, atualmente representa apenas 30%, e a música deixou de ter um espaço de destaque dentro da grade - que enfatiza a cobertura esportiva. Apenas o programa "Manhã da Globo" (antigo "Cabugi o Povo no Rádio"), que tem perfil social de utilidade pública, apresentado por Duarte Júnior entre 9h e 11h (horário de verão), abre brecha para a música.

"No auge das grandes gravadoras multinacionais, a rádio chegou a receber 20 novos lançamentos por semana, e era sempre uma festa quando vinham artistas aqui na rádio divulgar um novo trabalho. Aí veio o Governo Collor de Mello e as gravadoras perderam força", recorda Ednalva Moura, programadora musical da rádio e responsável pela manutenção do acervo, que contabiliza quase 30 mil unidades. Pelas contas de Ednalva, passaram pelos estúdios da Rádio Cabugi nomes como Jerry Adriani, Gilberto Gil, Sandra de Sá, Amado Batista, José Augusto, Waldick Soriano, Fafá de Belém, Dominguinhos, Alcimar Monteiro, a ainda dupla João Daniel e Daniel, Wando e o cantor espanhol Manolo Otero. 

DE BEATLES A ROBERTO CARLOS

Quando o acervo ocupava uma sala maior, a programadora mantinha o registro de todos os discos devidamente organizados. "Na última contagem, no início dos anos 2000, eram mais de 28 mil, hoje aumentou um pouco mas não temos mais os livros de catálogos. Mas sei exatamente quais e onde estão praticamente todos", disse com a autoridade de quem trabalha desde 1978 entre os discos.

"Hoje está tudo por ordem alfabética e separado por estilo: orquestra, trilha sonora de filmes, grupos e bandas, cantores e cantoras, novelas. Desse lado os internacionais, do outro os nacionais", aponta a radialista, mostrando na estante a coleção quase completa dos Beatles, do Roberto Carlos, Menudos(!) e Sérgio Reis, entre outros - todos exemplares promocionais. "Tem de tudo, e não dá para destacar raridades: são muitas. Olha esse aqui por exemplo! Um compacto gravado em 1976 por Lima Duarte declamando poemas", disse Ednalva Moura, que por quatro mandatos consecutivos (ou 12 anos) foi presidente do Sindicato dos Radialistas do RN.

DO TEMPO EM QUE NÃO HAVIA PIRATARIA

Alberto LeandroEdnalva Moura, programadora musical da Rádio Globo Natal (Cabugi)Ednalva Moura, programadora musical da Rádio Globo Natal (Cabugi)
Aposentada desde 2008, ela ouve de tudo e diz que prefere continuar cuidando da discoteca "até quando me quiserem aqui na rádio. Adoro meu trabalho, adoro a rádio", revela. A programadora chegou a substituir a locutora Nice Fernandes por três meses, no programa policial "Patrulha da Cidade": "Era um programa com muita audiência, a produção era cuidadosa e os casos eram dramatizados, tinha sonoplastia". Ednalva acredita que o público "sente falta de uma emissora que abra espaço para tratar de temas locais, sente falta de participação".

Ela também chama atenção para a mudança no perfil da programação das rádios promovida  pela chegada das emissoras em Frequência Modulada (FM), período que as emissoras AMs (Amplitude Modulada) voltaram seu foco para a programas de utilidade pública, prestação de serviço, esporte e noticiário. "As FMs mudaram os hábitos dos ouvintes, o jabá impera, tem comercial demais. Hoje é só bumbum, dancinhas... antes havia poesia na música. Ainda cheguei a pegar aquele tempo da censura, quando tínhamos que levar a programação diária para ser aprovada pelo censor", lembra.

"Creio que os artistas devem sentir falta daquela época, quando não havia pirataria", disse a programadora com saudade.

Outra curiosidade garimpada no acervo são LPs com entrevistas completas de artistas como Gal Costa e  Rosemary, por exemplo, que eram executadas na rádio como se os artistas realmente estivessem concedendo entrevistas ao vivo. Os discos vinham com todo o roteiro das perguntas e respostas na contra-capa. Para se ter uma ideia da importância histórica de um acervo como o da Rádio Cabugi (Globo Natal), em março do ano passada, quando a presidenta Dilma Rousseff esteve no RN passando o Carnaval hospedada na Barreira do Inferno, a reportagem do VIVER foi pesquisar nos arquivos da rádio a marchinha "Barreira do Inferno", composição de Magnus Kelly gravada nos anos sessenta.

"Por enquanto ainda não há um projeto para digitalizar o acervo, mas vamos continuar mantendo tudo organizado para continuar atender pessoas interessadas no acervo, em pesquisar a história recente da música e mesmo buscar uma música específica que só existe em LP."



Fonte: TNOnline