quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Entidade faz plebiscito virtual: 10% do PIB para Educação


Acontece na Internet um plebiscito virtual sobre o quanto o Brasil deve investir em educação. A pergunta feita aos internautas é: você é a favor do investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) na Educação Pública, já? O número de votos, segundo a Central Sindical e Popular Conlutas, chega a 400 mil.



O substitutivo que trata do PNE (Plano Nacional de Educação) não foi votado no Congresso Nacional. Está programado para ser decidido na Câmara Federal, a partir do dia 8 de fevereiro.

Por isso, a Conlutas que vem promovendo o plebiscito chamado 10% do PIB para a Educação Pública Já! adiou a entrega do resultado, listas e atas do plebiscito. Para acessar a votação entre na página



Dezporcentoja 

Com informações da Conlutas


Apud P. Vermelho

CTB faz balanço de sua atuação em 2011


O ano foi de muita agitação para os movimentos sociais. Assim avalia a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a participação das organizações da sociedade civil no cenário nacional e internacional. Em texto divulgado em sua página na internet, a Central lembra que participou ativamente, em 2011, das mobilizações de estudantes, mulheres, negros, entre outros segmentos, na busca de uma sociedade mais justa e igualitária.



O ano se iniciou com a realização do Fórum Social Mundial, entre 6 e 11 de fevereiro, em Dacar, capital do Senegal. No dia 10 foi realizada a Assembleia Nacional dos Movimentos Sociais, que reuniu em um auditório da Universidade de Dacar organizações populares de diversas partes do mundo.

Dois dirigentes, Rogério Nunes, secretário de Políticas Sociais e Joílson Cardoso, secretário de Política Sindical e Relações Institucionais, da CTB, representaram a CTB no encontro, onde defenderam a unidade dos movimentos como ocorre, por exemplo, com a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS).

"A CMS uma entidade aglutinadora e é essa ação unificada das entidades populares, que articula os movimentos sindical e social, potencializando seu protagonismo", destacaram os dirigentes da Central, que integra a CMS.

A CMS definiu um calendário de ações pela implementação das propostas contidas no Projeto Brasil e garantir a manutenção do canal de diálogo com o governo, para a efetivação de um projeto nacional com valorização do trabalho e justiça social.

Combate à discriminação
Em 2011, a entidade atuou no combate à discriminação criando uma rede nacional de combate ao racismo e discriminação no trabalho. Com destaque para a participação do coletivo nacional no Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Para Valmira Luzia, secretária de Combate ao Racismo da CTB, a discriminação no trabalho é responsável direta pela perpetuação das desigualdades de classe, da maximização da exploração e do empobrecimento da maioria dos assalariados constituídos por afro descendentes e não brancos.

“Com isso, o diálogo com os sindicatos filiados a central sobre a luta pela regulamentação do estatuto da igualdade racial e a aplicação das convenções 100 e 11 nas campanhas salariais esta na ordem do dia, valorizando a celebração de acordos coletivos que defendam a equidade nas relações de trabalho é fator fundamental para ampliação das lutas mais gerais da classe trabalhadora por renda e emprego digno, além de justiça social e democracia”, destacou Valmira Luzia, secretária de Combate ao Racismo da CTB.

Gênero

A CTB também defendeu em 2011 dois projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional. Um, na Câmara dos Deputados, que resultou de dois PLs (4857/2009 e 6653/2009 - autoria da deputada Alice Portugal e outros parlamentares) e outro no Senado Federal (PLS 136 - do Senador Inácio Arruda).

Ambos, em sua essência, visam garantir às mulheres as mesmas oportunidades, no mercado de trabalho e na sociedade e estabelecem punições aos que discriminam a mulher em função da questão de gênero, raça, orientação sexual ou classe social.

Para pressionar pela aprovação dos projetos, a CTB e demais centrais realizaram seminário e debates para definir as ações que serão tomadas nesse sentido. Uma das iniciativas foi o Seminário de Mulheres das Centrais.

“Temos que marcar em cima. Mobilizarmos porque senão conseguiremos que esses projetos avancem. Precisamos marcar presença e estarmos alertas para ocuparmos os espaços. Porque só com muita divulgação e mobilização conseguiremos a aprovação dos projetos, que encontra resistência em diversas bancadas no Congresso Nacional. Não é um projeto das mulheres, mas da sociedade”, revelou Raimundo Gomes, a Doquinha, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB.

Campanha Nacional pelo Direito à Educação

Por uma educação de qualidade. Esse foi o mote usado pelos estudantes para lançar uma campanha por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação. Os jovens, inclusive a juventude cetebista, marcharam, reivindicaram, acamparam pela aprovação da medida e de um Plano Nacional de Educação (PNE) justo, que defina investimentos urgentes para a educação e valorização dos professores.

Em 6 de dezembro, uma mudança sutil no texto do PNE, apresentado na Câmara, pode acarretar em uma menor ampliação do investimento na área, o que contraria a expectativa dos movimentos sociais. A proposta de substitutivo, elaborada pelo deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), relator do projeto, coloca como meta o investimento de 8% do PIB, considerando o investimento público total em educação. Na prática, a mudança significa uma ampliação mais tímida dos recursos, representando um crescimento de somente 2,3 pontos percentuais (atualmente é de 5,7%).

No decorrer da campanha a CTB tem apoiado e acompanhado de perto a luta dos estudantes e reforçado a defesa por um PNE que garanta além da imediata destinação de parte do PIB para a educação, a valorização dos educadores, um controle para a mercantilização do ensino, entre outros pontos.

O tema, inclusive, motivou a realização de um Seminário dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Educação, promovido pela CTB entre os dias 2 e 3 de dezembro. Uma das maiores preocupações diz respeito ao problema da desvalorização dos profissionais do setor, já que na maioria dos estados nem o piso salarial é cumprido. Recentes pesquisas revelaram que entre os 27 estados da Federação, 17 não cumprem o piso salarial.

Conferências Nacionais

A CTB participou ativamente dos processos das conferências nacionais. Para a CTB, é prioritária a participação dos trabalhadores nesse processo, mesmo que muitas vezes elas não alcancem o resultado desejado. “Vejo nestas conferências a possibilidade através do diálogo social de novas conquistas para a classe trabalhadora”, destacou Onofre Gonçalves, presidente da CTB-SP, durante a Conferência Estadual do Trabalho Decente.

Neste ano, importantes conferências foram realizadas como Políticas para Mulheres, LGBT, Meio Ambiente, Juventude, Saúde, Assistência Social.

Com informações da CTB

Os fatos, desde que não indigestos


Começo a escrever às 19:44 h, mais de seis horas após a CPI da Privataria ter sido protocolada na presidência da Câmara dos Deputados.

Por Fernando Brito


charge FHC
Charge
Há mais de duas horas saiu a validação das assinaturas e há número regimental para sua instalação.

Só depois de 18 horas a Folha deu a primeira notícia. Já O Globo, nem mesmo uma linha na página de política, apenas o registro da matéria do "Congresso em Foco" no blog do Noblat.

O que aconteceu foi um fato político e legislativo, não é uma opinião política.

E fato, no jornalismo “old way”, é notícia. Ou deveria ser.

Mas os fatos indigestos devem ir para a Sibéria?

Fonte: Tijolaço do Brizola




Apud P. Vermelho

O irmão de Nelson Rodrigues que deu nome ao Maracanã


Desconhecido da população em geral — mesmo do Rio de Janeiro —, Mário revolucionou a imprensa esportiva, lutou pela construção do Maracanã e idealizou o desfile das escolas de samba.

Por wilson yoshio.blogspot, do Jornal Opção


Mário Filho deu nome ao Estádio Mário Filho. Mas quem, nesse país, identificaria rapidamente de qual logradouro se estaria falando, apenas com essa informação? O nome é homenagem justíssima à pessoa sem a qual, provavelmente, a obra não seria erguida, por ferir outros interesses políticos. E o Rio de Janeiro não teria, então, um de seus símbolos, o Maracanã.

Mário Rodrigues Filho foi uma das personalidades mais ativas e criativas da cena carioca da primeira metade do século e mesmo assim, em um país sem memória, não se encontra facilmente quem o reconheça. E entre os que têm esse mérito, boa parte o conhece como “o irmão de Nelson Rodrigues”. Mário foi muito mais do que isso, como jornalista, agitador cultural, escritor, pesquisador e ativista.

Não há nenhum exagero em afirmar que Mário Filho foi muito mais importante para o legado jornalístico e cultural do Brasil do que seu irmão, Nelson Rodrigues, um gênio explicitador das bizarrices mais ocultas do ser humano e um cronista esportivo dotado de um lirismo fundador na linguagem do futebol — são deles frases como “O Fla-Flu surgiu 40 minutos antes do nada”.

Mas Nelson não fazia muito mais do que escrever, embora nesse quesito fosse difícil de ser superado na própria família. Entretanto, se seu irmão era mais genial no que dizia respeito aos textos, Mário Filho, além de escrever, inovava sempre: foi por meio dele que a cobertura de futebol deixou de ser uma nota perdida — quando existia tal nota — em algum canto do jornal para virar uma editoria.

Tudo começou em “A Crítica”, de seu pai. Conta Mário Neto, também jornalista, que seu avô certa vez deixou o fechamento do jornal para Mário Filho. Sem notícias para completar a primeira página, ele colocou uma reportagem sobre um jogo entre Flamengo e Vasco, que aconteceria nas Laranjeiras. Mário Rodrigues, o pai, que tinha certa ojeriza ao futebol, ficou enfurecido com a decisão do filho. Só que, no dia seguinte, não restou um exemplar nas bancas.

Foi assim que Mário inventou o jornalismo esportivo no Brasil. Dedicava páginas inteiras ao futebol, esporte marginalizado, embora popular. Para se aproximar dos leitores que gostavam da modalidade (e conquistar outros, obviamente), ele mudou a forma da escrita, descrevendo os jogos com uma linguagem mais acessível. Em uma época em que não havia TV, as pessoas compravam o jornal para imaginar como teria sido o lance do gol, nas linhas dos textos. A escola é seguida até hoje por muitas publicações impressas, embora esteja, hoje sim, anacrônica — com dezenas de câmeras, replays e internet disponíveis, é uma forma de escrever que merece ser restringida pelos repórteres esportivos da área de impressos.

Ao mesmo tempo, ele sacolejava a vida da Cidade Maravilhosa com ideias as mais diversas. O dono do nome do Maracanã é também o inventor do desfile das escolas de samba, o “maior espetáculo da terra” que toma conta da Marquês de Sapucaí a cada ano. Foi em 1932, quando em “O Mundo Sportivo” — o primeiro jornal especializado apenas em esportes no Brasil — lançou o Concurso de Escolas de Samba.

No “Jornal dos Sports” — que havia comprado de Roberto Marinho — Mário criou os Jogos da Primavera (1947) e os Jogos Infantis (1951), além do Torneio de Pelada no Aterro do Flamengo e o Torneio Rio-São Paulo, que se tornaria, anos mais tarde, o atual Campeonato Brasileiro e acabaria tendo seus ganhadores reconhecidos como campeões nacionais pela Confederação Brasileira de Futebol, o que somente ocorreu recentemente.

No fim da década de 1940, o envolvimento de Mário Filho com causas esportivas se embaralhou com questões políticas semelhantes às que o País vive agora, diante da Copa do Mundo de 2014: o jornalista travou, por meio dos veículos de comunicação, uma batalha contra o então vereador — e provavelmente já verborrágico — Carlos Lacerda. O Rio vivia os preparativos para a Copa do Mundo de 1950 e Lacerda queria a construção de um estádio municipal em Jacarepaguá para receber os jogos. Mário convenceu os cariocas a levantar o novo estádio — o maior do Rio, até então, era São Januário, de propriedade do Vasco — no bairro do Maracanã, onde antes havia um terreno do Derby Club. Ao contrário do que queria Lacerda, Mário vislumbrava o maior estádio do mundo.

Um capítulo à parte da história de Mário Filho é o livro “O Negro no Futebol Brasileiro”, obra que o sociólogo e antropólogo Gilberto Freyre, amigo pessoal do jornalista, considerou uma visão identitária da realidade brasileira a partir do futebol. Um clássico da literatura nacional que vai muito além das quatro linhas. Mas a publicação — com histórias deliciosas de personagens da cena futebolística da primeira metade do século passado — merece um capítulo à parte. No caso, uma boa resenha.

Mário morreu aos 58 anos, em 1966, poucos meses após o maior fracasso do Brasil em Copas do Mundo, mesmo com Pelé em campo. Sofreu um ataque cardíaco. Meses depois Célia, sua mulher e paixão de toda uma vida — casaram-se quando ele tinha 18 anos —, se matou. Uma história que acabou por tomar contornos de drama rodriguiano. Para homenagear o irmão, Nelson Rodrigues, um dos maiores frasistas da língua portuguesa, cunhou a expressão “O criador de multidões”, em alusão à importância de Mário Filho na popularização do futebol e do carnaval. E sentenciou, por fim: “Mário Filho foi tão grande que deveria ser enterrado no Maracanã.”

Fonte: Blog do Nassif

Apud P. Vermelho

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

UNIÃO BRASILEIRA DE MULHERES-UBM - NÚCLEO DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE/RN




Professora Célia coordenadora Geral, Olga Leide Coordenadora de Finanças, Cristina Rastafári Coordenadora de Formação, Walquíria Coordenadora de Organização e Aparecida Bueno Coordenadora de Comunicação.  



CONFRATERNIZAÇÃO
CONVITE
A União Brasileira de Mulheres-UBM, convida você à
participar da nossa Confraternização Natalina, que acontecerá no dia 16 de dezembro de 2011, às 16h na Câmara Municipal - Centro, São Gonçalo do Amarante/RN.
A Coordenação Geral.

ENTREVISTA DO ROMÁRIO AO JORNALISTA COSME RIMOLI - TV RECORD.



- Você foi recebido com preconceito em Brasília?

- Olha, vou ser claro para quem ler entender como as coisas são. Há o burro, aquele que não entende o que acontece ao redor. E há o ignorante, que não teve tempo de aprender. Não houve preconceito comigo porque não sou nem uma coisa nem outra. Mesmo tendo a rotina de um grande jogador que fui nunca deixei de me informar, estudar. Vim de uma família muito humilde. Nasci na favela. Meu pai, que está no céu, e minha mãe ralaram para me dar além de comida, educação. Consciência das coisas... Não só joguei futebol. Frequentei dois anos de faculdade de Educação Física. E dois de moda. Sim, moda. Sempre gostei de roupa, de me vestir bem. Queria entender como as roupas eram feitas. Mas isso é o de menos. O que importa é que esta sede de conhecimento me deu preparo para ser uma pessoa consciente... Preparada para a vida. E insisto em uma tese em Brasília, com os outros deputados. O Brasil só vai deixar de ser um país tão atrasado quando a educação for valorizada. O professor é uma das classes que menos ganha e é a mais importante. O Brasil cria gerações de pessoas ignorantes porque não valoriza a Educação. E seus professores. Não há interesse de que a população brasileira deixe de ser ignorante. Há quem se beneficie disso. As pessoas que comandam o País precisam passar a enxergar isso. A Saúde é importante? Lógico que é. Mas a Educação de um povo é muito mais.

- Essa ignorância ajuda a corrupção? Por exemplo, que legado deixou o Pan do Rio?

- Você não tenha dúvidas que a ignorância é parceira da corrupção. Os gastos previstos para o Pan do Rio eram de, no máximo, R$ 400 milhões. Foram gastos R$ 3,5 bilhões. Vou dar um testemunho que nunca dei. Comprei alguns apartamentos na Vila Panamericana do Rio como investimento. A melhor coisa que fiz foi vender esses apartamentos rapidamente. Sabe por quê? A Vila do Pan foi construída em cima de um pântano. Está afundando. O Velódromo caríssimo está abandonado. Assim como o Complexo Aquático Maria Lenk... É um escândalo! Uma vergonha! Todos fingem não enxergar. Alguém ganhou muito dinheiro com o Panamericano do Rio. A ignorância da população é que deixa essa gente safada sossegada. Sabe que ninguém vai cobrar nada das autoridades. A população não sabe da força que tem. Por isso que defendo os professores. Não temos base cultural nem para entender o que acontece ao nosso lado. E muito menos para perceber a força que temos. Para que gente poderosa vai querer a população consciente? O Pan do Rio custou quatro vezes mais do que este do México. Não deixou legado algum e ninguém abre a boca para reclamar.

- Se o Pan foi assim, a Copa do Mundo no Brasil será uma festa para os corruptos...

- Vou te dar um dado assustador. A presidente Dilma havia afirmado quando assumiu que a Copa custaria R$ 42 bilhões. Já está em R$ 72 bilhões. E ninguém sabe onde os gastos vão parar. Ninguém. Com exceção de São Paulo, Rio, Minas, Rio Grande do Sul e olhe lá... Pernambuco... Todas as outras sete arenas não terão o uso constante. E não havia nem a necessidade de serem construídas. Eu vi onze das doze... Estive em onze sedes da Copa e posso afirmar sem medo. Tem muita coisa errada. E de propósito para beneficiar poucas pessoas. Por que o Brasil teve de fazer 12 sedes e não oito como sempre acontecia nos outros países? Basta pensar. Quem se beneficia com tantas arenas construídas que servirão apenas para três jogos da Copa? É revoltante. Não há a mínima coerência na! Organização da Copa no Brasil.

- São Paulo acaba de ser confirmado como a sede da abertura da Copa. Você concorda?

Como posso concordar? Colocaram lá três tijolinhos em Itaquera e pronto... E a sede da abertura é lá. Quem pode garantir que o estádio ficará pronto a tempo? Não é por ser São Paulo, mas eu não concordaria com essa situação em lugar nenhum do País. Quando as pessoas poderosas querem é assim que funcionam as coisas no Brasil. No Maracanã também vão gastar uma fortuna, mais de um bilhão. E ninguém tem certeza dos gastos. Nem terá. Prometem, falam, garantem mas não há transparência. Minha luta é para que as obras não
fiquem atrasadas de propósito. E depois aceleradas com gastos que ninguém controla.

 O que você acha de um estádio de mais de R$ 1 bilhão construído com recursos públicos. E entregue para um clube particular.

- Você está falando do estádio do Corinthians, não é? Não vou concordar nunca. Os incentivos públicos para um estádio particular são imorais. Seja de que clube for. De que cidade for. Não há meio de uma população consciente aceitar. Não deveria haver conversa de politico que convencesse a todos a aceitar. Por isso repito que falta compreensão à população do que está acontecendo no Brasil para a Copa.

- A FIFA vai fazer o que quer com o Brasil?

- Infelizmente, tudo indica que sim. Vai lucrar de R$ 3 a R$ 4 bilhões e não vai colocar um tostão no Brasil. É revoltante. Deveria dar apenas 10% para ajudar na Educação. Iria fazer um bem absurdo ao Brasil. Mas cadê coragem de cobrar alguma coisa da Fifa. Ela vai colocar o preço mais baixo dos ingressos da Copa a R$ 240,00. Só porque estamos brigando pela manutenção da meia entrada. É uma palhaçada! As classes C, D e E não vão ver a Copa no estádio. O Mundial é para a elite. Não é para o brasileiro comum assistir.

Ricardo Teixeira tem condições de comandar o processo do Mundial de 2014?

Não tem de saúde. Eu falei há mais de quatro meses que ele não suportaria a pressão. Ser presidente da CBF e do Comitê Organizador Local é demais para qualquer um. Ainda mais com a idade que ele tem. Não deu outra. Caiu no hospital. E ainda diz que vai levar esse processo até o final. Eu acho um absurdo.

- Muito além da saúde de Ricardo Teixeira. Você acha que pelas várias denúncias, investigações da Polícia Federal... Ele tem condições morais de comandar a organização Copa no Brasil?

- Não. O Ricardo Teixeira não tem condições morais de organizar a Copa. Não até provar que é inocente. Que não tem cabimento nenhuma das denúncias. Até lá, não tem condições morais de estar no comando de todo o processo. Muito menos do futebol brasileiro...
Entrevista concedida ao repórter Cosme Rímoli, da TV Record.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Índice que reajusta aluguéis diminui para 0,04%


A taxa é inferior à registrada na primeira prévia de novembro, que havia sido 0,37%, segundo a Fundação Getulio Vargas.


Reprodução
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), usado para reajuste de contratos de aluguel, registrou inflação de 0,04% na primeira prévia de dezembro deste ano. A taxa é inferior à registrada na primeira prévia de novembro, que havia sido 0,37%, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

A redução de 0,33 ponto percentual do IGP-M foi influenciada principalmente pela queda de preços (deflação) de 0,16% no subíndice de Preços ao Produtor Amplo (IPA). Na primeira prévia de novembro, os preços no atacado tinham registrado alta de preços (inflação) de 0,5%.

Os bens intermediários, com deflação de 0,28%, e as matérias-primas brutas, com queda de preços de 1,11%, foram os responsáveis pela redução da taxa do IPA de novembro para dezembro.

Já os subíndices de Preços ao Consumidor (IPC) e de Custo da Construção (INCC) registraram altas em suas taxas no período. O IPC subiu de 0,09% para 0,33%, com destaque para os alimentos, que passaram de uma deflação de 0,27% para uma inflação de 0,2%.

O INCC passou de 0,16% para 0,71% no período, graças ao custo da mão de obra, que passou de uma estabilidade de preços em novembro para uma inflação de 1,19% em dezembro.
 

Fonte: Agência Brasil