quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Dia de Iemanjá: a folia começa na Bahia


A Festa de Iemanjá do dia 2 de fevereiro é uma das mais populares do país e atrai às praias do Rio Vermelho, em Salvador, Bahia, uma multidão imensa de fiéis e admiradores. É uma comemoração religiosa e ao mesmo tempo profana, praticamente é "o grito de carnaval": a folia começa nessa data e só termina na quarta-feira de cinzas.


Salve, salve Iemanjá!
Salve,salve Iemanjá
Iemanjá é frequentemente representada sob a forma latinizada de uma sereia, com longos cabelos soltos ao vento. Chamam-na também de Dona Janaína ou Rainha do Mar.

No seu dia, ela recebe oferendas e pedidos dos seus seguidores e admiradores. Esse ritual teve origem no ano de1923, quando  houve uma diminuição no pescado da vila de pescadores do Rio Vermelho. 

Tentando buscar ajuda na Mãe D'Água, Iemanjá, os pescadores saíram a dois de fevereiro para ofertar presentes à deusa. A partir daí, ano após ano, os pescadores repetem essa cerimônia. 

A princípio era feita em conjunto com a Paróquia do Rio Vermelho, devido ao sincretismo entre a rainha do mar e Nossa Senhora da Conceição. Nos anos 1960, houve uma reação da Igreja Católica contra o culto pagão, fazendo com que a festa perdesse, oficialmente, a devoção à santa católica. 

Por isso, a Igreja de Santana, localizada no mesmo local da festa, sempre mantem as portas fechadas no dia 2 de fevereiro. 

Atualmente, as homenagens a essa orixá começam de madrugada, com devotos do candomblé, da umbanda e do catolicismo colocando as ofertas e bilhetes com pedidos em balaios que serão atirados ao mar. Esses balaios são transportados ao mar por cerca de 300 embarcações e o saveiro que leva a oferenda dos pescadores sempre segue à frente do cortejo. 



Fonte: Portal Vermelho

Racista e política, “Operação Xangô” é revista 100 anos depois



Racista e político, movimento é revisto 100 anos depois


No dia 01 de fevereiro de 1912, Maceió viveu uma noite de terror com invasão e depredação de templos religiosos e espancamento de negros e adeptos do candomblé. Vandalismos do gênero eram comuns no país e tinham como objetivo demarcar o território das elites, que combateram violentamente a expressão da cultura afro nas ruas. Nos bastidores dessa luta, as elites também faziam articulações políticas.

Por Christiane Marcondes



Mesmo ilegais, os negros, que formavam a maioria da classe trabalhadora, continuaram com seus ritos e cantos, resistindo bravamente aos ataques, ainda que, muitas vezes, recuando e deslocando-se para longe dos centros urbanos.

E é a esta força de resistência que a nação brasileira deve hoje a riqueza de sua produção cultural em todos os campos da arte. O país reconhece e há quem reveja esses atos, caso do governo de Alagoas que nesta quarta (1º/2) divulgou nota oficial com um pedido de perdão a todas as comunidades de terreiros alagoanas que enfrentaram as atrocidades do dia 1º de fevereiro de 1912. 

O gesto não redime a culpa, não apaga as feridas do passado nem conforta, mas serviu para a reconstituição do episódio e para a sua inserção na história da cidade considerada, na época, como uma das mais "negras" do país. Pesquisadores e historiadores narram aqui a verdade dos fatos.


Uma noite diferente das outras

Há cem anos no centro de Maceió, às vésperas do Carnaval, uma massa de populares, liderada por veteranos de guerra e políticos, invadiu, depredou e queimou os principais terreiros de Xangô da cidade, espancando líderes e pais de santo dos cultos afros. Considerada um dos mais emblemáticos casos de racismo e intolerância religiosa do Brasil, a noite fatídica ficou conhecida como "O Quebra de Xangô".

O movimento foi organizado por integrantes da Liga dos Republicanos Combatentes em Maceió, sob a liderança do sargento do Exército Manoel da Paz, veterano da guerra de Canudos, na Bahia. "Muitos foram pegos de surpresa e apanharam pelas ruas até chegar à delegacia, na calada da noite. Outros tiveram a oportunidade de fugir para estados como Bahia, Pernambuco e Sergipe", assegura o professor de História e pesquisador Célio Rodrigues, o "Pai Célio", um dos grandes difusores da religião de matriz africana no Estado.

Denominado Operação Xangô, o movimento tinha um forte viés político com o objetivo de afastar do poder o então governador do Estado, Euclides Malta, que já administrava Alagoas por 12 anos seguidos e era considerado um amigo dos líderes religiosos massacrados.
"Foi uma perseguição ao governador Euclides Malta, que tinha ligação com os terreiros e havia recebido até o título de papa do xangô alagoano, o Soba. O interessante é que Euclides era um fervoroso católico", conta o historiador, médico e vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL), Fernando Gomes.

De acordo com Gomes, o episódio do Quebra de Xangô teve grande importância para apressar a renúncia de Euclides Malta, que aconteceu em 13 de março de 1912. "Em 12 de julho de 1912, Clodoaldo Fonseca, figura de relevo nos quadros do Exército e primo-irmão de Hermes da Fonseca, é empossado governador, juntamente com o vice José Fernandes de Barros Lima", completa o vice-presidente do IHGAL.

Imprensa golpista 

Na época do Quebra, o movimento que desencadeou a postura intolerante contra a religião de matriz africana contou com o apoio da imprensa oposicionista, notadamente o Jornal de Alagoas. Nos trechos de seus artigos e matérias, termos pejorativos sempre eram direcionados ao governador por este se relacionar com os xangôs. 

Na série de matérias intituladas "Bruxaria", publicada nos dias consequentes ao episódio, a suposta relação de Euclides Malta com os xangôs denota a mãe de santo Tia Marcelina como sua "feiticeira" protetora.

Segundo as referidas reportagens, o "nefasto governo" de Euclides Malta e as ditas "casas de feitiçaria barata" encontravam-se extremamente difundidas pela cidade de Maceió e se relacionavam "na mais estreita afinidade". De acordo com o jornal, "sabia-se que a grande força em que o "inepto oligarca" apoiava o seu governo era o xangô e, com essa confiança no fetiche ignorante, mantinha em completa debandada todos os outros poderes orgânicos do Estado", diz um trecho da publicação em sua edição de 4 de fevereiro.

Tia Marcelina, líder e mártir


É notável a descrição de cunho pejorativo de um suposto ritual relatado pelo Jornal de Alagoas na época: "Na casa da Tia Marcelina, a mais frequentada pelo Sr. Euclides e os seus amigos, (em culto) realizado próximo às novas eleições, Tia Marcelina teria pressentido a vitória do adversário de Euclides Malta. 

Ela preparou a sessão, de acordo com o chefe, e, às 8 horas mais ou menos, o Soba (espécie de chefe de tribo) entrou nessa casa, em uma das ruas mais esconsas da Levada, acompanhado de um dos seus áulicos, que bem conhecemos. Os trabalhos já haviam principiado e a negra mãe de santo, modulando sorrisos de megera, olhares esgazeados de víbora saciada, correu com a mão o reposteiro de uma saleta contígua e lá ficou o 'Ogum-taió' da Praça dos Martírios, guardado às vistas dos seus irmãos e do pessoal que na rua avidamente olhava as danças e os requebros da Tia Marcelina".

Tia Marcelina, segundo os historiadores, foi a fundadora do candomblé em Alagoas e a então mais famosa mãe de santo do Estado, tida como espécie de mentora espiritual do governador Euclides Malta. De acordo com os relatos, ela teria resistido à invasão de seu terreiro e recebido golpes de sabre – espécie de espada – enquanto lutava contra o ataque. A líder negra não resistiu e morreu meses depois.

Portal Vermelho com agências

Pinheirinho: as mentiras da juíza que ordenou a desapropriação



Em entrevista ao O Vale, a juíza Márcia Loureiro explica os motivos da autorização da reintegração de posse do bairro do Pinheirinho, em São José dos Campos. Ela diz que o governo federal não quis efetivamente ajudar no processo. A reportagem da Record desmente as afirmações grosseiras da juíza que, por sinal, mora próximo ao local desapropriado. O drama das famílias desabrigadas segue sem solução.




Reportagem da Record com as famílias desabrigadas:





Alecrim e América fazem clássico sem gols em Goianinha


O jogo foi parelho e movimentado; o empate ante o lanterna faz o técnico rubro Flávio Araújo "balançar" no cargo.


Em jogo parelho e movimentado, Alecrim e América fizeram o clássico da 6ª rodada da 1ª fase do 1º turno do Campeonato Potiguar - partida realizada em Goianinha e que terminou empatada sem gols.

O Alecrim, na condição de anfitrião, precisava se atirar ao ataque para chegar a algum lugar - e foi exatamente o que fez, surpreendendo o América nos instantes iniciais, com direito a Wigor e Everaldo dando muito trabalho à zaga americana: cada um arriscou chute a gol de fora da área, e nas duas ocasiões a bola passou rente ao gol. Só após os 10 minutos é que o meio-campo e a zaga do América conseguiram se organizar de um modo um pouco mais efetivo a fim de aparar as ameaças. Apenas aos 17 minutos é que o América conseguiu um ataque mais perigoso, com Jairo recebendo de Carlinhos e chutando da marca do pênalti (o goleiro defendeu). O Alecrim insistiu com Marcelo e Everaldo; aos 34, Isac chegou á área do Alecrim e chutou firme, a bola acertou em cheio na trave, e dois minutos depois foi a vez de André Beleza alcançar a entrada da área e chutar firme, a bola passou rente ao gol. Nos minutos finais do primeiro tempo, seguiram-se mais investidas com Marcelo e Everaldo, sem sucesso.

No segundo tempo, o Alecrim pareceu se contentar com o empate e diminuiu os avanços á área, enquanto o América buscou dominar e fazer pressão. Aos 3 minutos, após bola trabalhada, André Beleza ariscou chute forte, a bola espirrou sobre o gol; aos 4, Ferreira se livrou de um marcador, girou o corpo e arriscou chute, o goleiro defendeu; aos 8, Isac recebeu bola de Ferreira e chutou como deu, tiro de meta. O Alecrim reagiu aos 10 minutos com Miratan e aos 13 com Wigor, sem sucesso. Aos 15, foi a vez de Soares para o América: ele invadiu a grande área e chutou, o goleiro defendeu. Aos 19, Jairo cobrou falta, a bola passou rente ao gol do alecrim; aos 27, o mesmo Jairo completou lance inciado por Soares, com chute forte de fora da área, tiro de meta; aos 35, Rivaldo - substituindo Jairo - avançou sozinho à área do Alecrim e esteve muto perto de fazer gol para o América, mas foi impedido pelo goleiro que roubou-lhe a bola aos pés no último instante; por fim, aos 48, Wanderson cruzou na linha de fundo para Ferreira, mas o goleiro estava atento e interceptou a bola para evitar o pior. Placar final, Alecrim 0 x 0 América.

Com isto, o América segue em 6º, agora com 7 gols, e vê ficar complicada a possibilidade de alcançar a segunda fase do turno; o Alecrim, agora com 4 pontos, permanece na lanterna.

Balançando

O empate ante o lanterna do campeonato, mais ainda em "casa", num momento que o América precisa reagir (caso contrário pode não chegar à segunda fase do turno), juntando-se ao fato de ser o quarto jogo sem vitória do time e agregado à fama dos atuais integrantes da administração rubra de terem "pavio curto" no que diz respeito à tolerância com resultados adversos, abre a possibilidade de demissão iminente do técnico Flávio Araújo, que adiantou via rádio logo após o jogo que "quem decide é a diretoria"; por enquanto, Flávio está mantido, permanência condicionada aos resultados nas próximas rodadas.


Alecrim 0 x 0 América

Alecrim
Augusto; Everaldo, Bob, Marcão, Nego; Gavião, Rafael Potiguar, Marcelo (Josué), Renatinho (Paulinho); Miratan, Wigor (Sidney).
Técnico: Berguinho

América
Fabiano; Ferreira, Mauro, Zé Antônio, Carlinhos (Wanderson); Ricardo Baiano, Nata, André Beleza, Jairo (Rivaldo); Isac (Leandro Guerreiro), Soares.
Técnico: Flávio Araújo

Árbitro: Suelson Diógenes
Local: J. Nazareno (Goianinha)
Cartões amarelos: Gavião, Renatinho, Marcelo, Everaldo, Augusto, Miratan (ALE); Nata, Leandro Guerreiro (AME)
Fonte: Nominuto.com

ABC vence Potiguar de Mossoró e segue líder do Potiguar 2012


O jogo foi truncado e o nível técnico apresentado foi discutível; o ABC suou mas venceu o visitante, e agora tem 14 pontos na classificação.


O ABC venceu o Potiguar de Mossoró no estádio Frasqueirão - 2 a 1 - em jogo de nível técnico no mínimo discutível, válido pela 6ª rodada da 1ª fase do 1º turno do Campeonato Potiguar.

O time da casa tratou de pressionar desde o primeiro instante. O Potiguar buscou naturalmente se defender à altura. E seguiu-se um jogo bastante truncado até o último minuto de partida.

Aos 16 minutos, Renatinho Potiguar. cobrou falta de frente ao gol do Potiguar; a bola quicou na frente do goleiro, que não apresentou defesa, e a bola entrou constituindo um "frango". ABC, 1 a zero.

A dianteira do ABC no placar não durou muito. O Potiguar esboçou reação. Aos 24 minutos, Renatinho Potiguar interceptou com a mão uma bola cruzada na área para Quirino - pênalti, convertido pelo próprio Quirino no minuto seguinte. Potiguar, 1 a 1.

No segundo tempo, quando se esperava que a qualidade do jogo pudesse melhorar, o mesmo apresentou-se ainda mais "mastigado" que no primeiro período. Apesar de um certo domínio do time da casa, as equipes abusaram dos chutões; as bolas alçadas à área pareciam pouco efetivas; e muitas faltas acabaram com a bola passando rente à trave.

Somente aos 34 minutos é que o placar voltou a se mover: Gabriel, pela direita, cruzou a Leo Gamalho que escorou de cabeça no "segundo pau" - bola no fundo das redes. ABC 2 a 1, placar final.

Com o resultado, o ABC obteve seu intento: permanecer na liderança, agora com 14 pontos. Mas a chamada liderança isolada ainda não veio, por conta da combinação dos demais resultados, fazendo o Palmeira de Goianinha ficar a dois pontos de distância - e, portanto, o ABC segue "na mira" na próxima rodada. O Potiguar, de sua parte, está em 7º, com 7 pontos, embolado com América, ASSU e Caicó. 
Fonte: nominuto.com