terça-feira, 10 de maio de 2011

Lucro da Itaúsa cresce 5,5% no 1o tri, para R$3,7 bi


SÃO PAULO (Reuters) - A Itaúsa, holding que controla o Itaú Unibanco, divulgou nesta terça-feira que o conglomerado teve lucro líquido de 3,658 bilhões de reais no primeiro trimestre de 2011, ganho 5,5 por cento superior ao obtido em igual intervalo do ano passado.
Se considerados ajustes para adequação aos padrões contábeis internacionais (IFRS), o lucro líquido do grupo foi de 1,367 bilhão de reais no período, contra 1,138 bilhão um ano antes.
Já o lucro líquido da Itaúsa alcançou 1,311 bilhão de reais no trimestre passado, alta de 21,5 por cento na comparação anual. Após ajustes contábeis, o ganho da controladora ficou em 1,260 bilhão de reais.
Além do Itaú Unibanco, o conglomerado controla Duratex, Itautec e Elekeiroz.
Nos três primeiros meses do ano, o grupo contabilizou ativos totais de 282,9 bilhões de reais, aumento de 27,2 por cento ano a ano.
O patrimônio líquido do conglomerado somava 67,95 bilhões de reais ao final de março, crescimento de 12,6 por cento em 12 meses.
(Por Vivian Pereira)

BB registra lucro 24,7% maior no 1º trimestre


O Banco do Brasil (BB) anunciou hoje um lucro líquido de R$ 2,932 bilhões no primeiro trimestre de 2011, o que indica uma alta de 24,7% em relação ao mesmo período do ano passado e uma queda de 26,7% ante os três últimos meses de 2010. O lucro do BB sem efeitos extraordinários foi de R$ 2,923 bilhões, o que representa uma alta de 42,2% em 12 meses e uma queda de 21,1% ante o trimestre anterior. A rentabilidade patrimonial do banco ficou em 24,9%.
O crescimento do lucro do banco público na comparação com o primeiro trimestre de 2010 foi puxado pelo aumento das operações de crédito, principalmente para pessoas físicas. A carteira total de empréstimos, incluindo avais e fianças, fechou março em R$ 397,5 bilhões, o que indica uma alta de 21,2% em 12 meses e de 2,4% ante dezembro. No segmento de pessoa física, a carteira cresceu 22,5% em 12 meses e 3% na comparação trimestral, com destaque para linhas como crédito consignado (alta de 19%) e financiamento de veículos (avanço de 36%). O saldo das operações ficou em R$ 116,5 bilhões no fim de março desde ano.
No segmento de pessoa jurídica, houve aumento de 16% em 12 meses e queda de 0,8% ante dezembro, com a carteira total fechando o primeiro trimestre de 2011 em R$ 148,6 bilhões. As linhas de médias e grandes empresas cresceram 18,6% em 12 meses e as de micros e pequenas companhias avançaram 11,4%.
O BB encerrou o primeiro trimestre com ativos totais de R$ 866,6 bilhões, uma expansão de 19,6% em 12 meses. Com isso, o banco se consolida na posição de maior instituição financeira do Brasil, a frente do Itaú, que fechou com ativos de R$ 778 bilhões. O patrimônio líquido do BB foi de R$ 52,12 bilhões, uma alta de 38% em 12 meses.
O Itaú Unibanco ficou com o maior lucro entre os bancos brasileiros no primeiro trimestre, de R$ 3,53 bilhões. O Bradesco anunciou lucro de R$ 2,7 bilhões e o Santander, de R$ 1 bilhão, todos no padrão contábil brasileiro (BR Gaap).
Recorde
O lucro líquido de R$ 2,932 bilhões do primeiro trimestre de 2011 foi recorde para um primeiro trimestre, informou o BB em seu balanço. A expansão anual do resultado foi impulsionada, segundo o banco, pelo crescimento do crédito, pelo controle de despesas e pela diversificação de receitas, com a área de seguros e cartões de crédito ganhando espaço.
As receitas com prestação de serviços somaram R$ 4,1 bilhões no primeiro trimestre, uma expansão de 10,9% em 12 meses e uma queda de 4,6% ante o quarto trimestre de 2010. A redução trimestral ocorreu por fatores sazonais, por conta de um começo de ano tradicionalmente mais fraco para operações bancárias.
Nas despesas, os gastos com pessoal somaram R$ 3,272 bilhões, alta de 8,3% em 12 meses e queda de 5,2% na comparação trimestral. As despesas administrativas tiveram queda nos dois períodos, de 4,4% em um ano e de 10,5% no trimestre. A captação total do banco, que tem 55 milhões de clientes, atingiu R$ 561,3 bilhões entre os meses de janeiro a março, uma evolução de 12,1% em 12 meses. O destaque foram as captações na caderneta de poupança e os depósitos a prazo, que totalizaram, respectivamente, R$ 90,5 bilhões e R$ 219 bilhões (alta de 15% e 11% em 12 meses).
O lucro líquido contábil do banco cresceu 42,2% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, mas caiu 21,1% ante o quarto trimestre de 2010. A queda ocorreu por conta do menor ganho do BB no primeiro trimestre com o superávit do fundo de pensão do banco, a Previ.
Inadimplência
O índice de inadimplência do BB, considerando os atrasos acima de 90 dias, ficou em 2,1% no primeiro trimestre de 2011. Houve queda tanto na comparação com dezembro (2,3%) quanto ante os meses de janeiro a março do ano passado (3,1%). Segundo o banco, com a queda, o indicador volta para patamares anteriores à crise financeira internacional, de 2008.
O movimento da inadimplência no BB foi o contrário do ocorreu nos bancos privados. No Bradesco e no Itaú, o indicador de calotes ficou estável no primeiro trimestre ante o período anterior.
O saldo das provisões para devedores duvidosos (PDD) do BB encerrou o trimestre em R$ 17 bilhões. As despesas com PDD ficaram em R$ 2,63 bilhões no primeiro trimestre, uma queda de 13,1%. Já o índice de Basileia - indicador que mede quanto o banco pode emprestar sem comprometer seu capital - ficou em 14,13% no primeiro trimestre, um nível maior que o do mesmo período do ano passado, de 13,7%. O Banco Central (BC) exige dos bancos brasileiros um índice mínimo de 11%. Com o atual índice Basileia, o BB pode expandir suas operações de crédito em até R$ 137,7 bilhões.
Por Altamiro Silva Júnior, o Estadão

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