segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Médico é julgado culpado pela morte de Michael Jackson


O médico Conrad Murray foi considerado culpado pela morte do cantor Michael Jackson nesta segunda (7). O júri composto por 12 pessoas chegou a uma decisão unânime após 42 dias de julgamento, dois deles de deliberações a portas fechadas na Corte Superior de Los Angeles, nos Estados Unidos.


Michel Jackson




O veredicto foi comemorado pelos fãs do "rei do pop" reunidos diante do tribunal californiano. "Nós, o júri, consideramos o acusado Conrad Murray culpado de homicídio involuntário" de Michael Jackson. Quando foi pronunciada a palavra "culpado", se escutou um grito de alegria dentro da sala de audiências, enquanto cerca de 200 fãs de Jackson festejavam do lado de fora do prédio da Corte Superior de Los Angeles. Murray permaneceu sério e não expressou qualquer emoção.

Preso até definição de pena

Murray ficará preso pelo menos até o dia 29 de novembro quando enfrentará uma nova audiência que irá definir sua pena. Seu advogado de defesa, Ed Chernoff, chegou a solicitar que seu cliente aguardasse a decisão em liberdade. Entretanto, após um protesto da promotoria, o juiz Michael C. Pastor considerou o crime inafiançável. "Ele foi julgado e condenado por um homicídio. Não se trata de uma caso de erro médico", afirmou o magistrado.

Pastor justificou a medida ainda apontando a própria segurança do réu, prevendo algum tipo de reação popular. Assim que anunciou a decisão de que Murray seria preso e ficaria sob a guarda do Condado de Los Angeles um oficial algemou o médico enquanto ele ainda estava sentado. Momentos depois, com o anúncio da suspensão da sessão, Murray deixou a sala acompanhado por policiais.

A pena será apresentada apenas em 29 de novembro, mas, além da prisão quase certa, o médico deve perder sua licença profissional.

Histórico


O médico foi considerado responsável pela morte do astro pop por medicá-lo com o forte anestésico Propofol, usado apenas em hospitais e ambientes controlados. Com a carga exaustiva de ensaios para os 50 shows que faria em Londres com a temporada This Is It, a partir de julho de 2009, Michael tinha diversos problemas de insônia e usava a droga para tentar dormir.

Porém, no dia 25 de junho de 2009, o cantor sofreu uma parada respiratória em sua mansão, no bairro de Holmy Hills, em Los Angeles, e foi levado para o pronto-socorro do UCLA hospital, onde já chegou desacordado. Na autópsia ficou comprovado que o cantor morreu por intoxicação da droga, agravada por Diazepam e Lorazepam.

Dias depois, Dr. Murray foi considerado o principal suspeito pela morte do cantor e foi indiciado réu por homicídio culposo, aquele que não há intensão de matar. Nas investigações, foi encontrado no quarto do astro pop diversos fracos de Propofol e outros remédios, além de acessórios hospitalares para a aplicação do remédio intravenoso, como seringas e bolsas de soro. Murray sempre se declarou inocente.

No julgamento, iniciado no dia 27 de setembro, o promotor David Walgren acusou Murray de "grosseira negligência" por medicar o ícone pop com Propofol e não chamar o resgate imediatamente após sua parada. Na apresentação da defesa, o advogado Ed Chernoff alegou que o astro pop se medicou até morrer. Segundo ele, depois de aplicar apenas 25 mg de Propofol, por insistência do cantor, Conrad se retirou do quarto. Michael Jackson, então, teria se automedicado com o anestésico.







Médico de Michael Jackson é culpado

 pela morte do cantor


Dr. Conrad Murray é culpado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar


Foto: APAmpliar
Conrad Murray
Após seis semanas de julgamento, o júri formado por sete homens e cinco mulheres decidiu na Suprema Corte de Los Angeles nesta segunda-feira (7) que o médico Conrad Murray é culpado pela morte de Michael Jackson. O cardiologista de 58 anos foi condenado por homicídio não intencional ao dar ao cantor uma dose fatal do sedativo propofol para ajudar o popstar a dormir. 
A condenação só será decidida oficialmente em 29 de novembro, e Dr. Murray ficará preso até então, sem direito a fiança. O médico foi algemado logo após o anúncio da decisão. Ele pode pegar até quatro anos de prisão e pode perder a licença médica.
Em 25 de junho de 2009, Michael Jackson morreu em sua casa em Los Angeles por overdose do anestésico de uso hospitalar que estaria usando durante os preparativos da turnê "This Is It".
O julgamento começou em 27 de setembro e em 12 de outubro os advogados do médico desistiram do argumento de que o cantor havia ingerido sozinho a dose do anestésico propofol, causa da morte, enquanto ele não estaria por perto. O propofol é um medicamento de uso controlado e o acompanhamento constante do médico que receitava o remédio se fazia necessário em tempo integral. A decisão dos advogados do médico foi anunciada ao juiz que conduz o processo um dia após o laudo da autópsia indicar que Michael não poderia ter tomado sozinho a dose fatal do medicamento, hipóstese em que se baseava a defesa do médico. Ele foi condenado por negligência.
No dia anterior, o médico responsável pela necropsia de Michael, Christopher Rogers, afirmou em depoimento que o astro foi vítima de homicídio. A promotoria questionou o motivo de sua conclusão e ele informou que a dificuldade de Michael em dormir não indicava a necessidade do uso de propofol e ainda que não havia equipamentos de salvamento adequados disponíveis na casa do músico para assegurar a integridade física dele, por se tratar de um sedativo forte. Rogers afirmou ainda que o popstar não sofria de problemas cardíacos.
Foto: Reuters

Foto de Michael Jackson morto

Relembre alguns trechos ditos pela acusação durante o julgamento:
- A causa da morte de Michael Jackson foi overdose de Propofol, remédio administrado pelo Dr. Murray.
- Nós vamos provar que Conrad Murray agiu repetidamente com negligência e incompetência.
- Murray fez fez um esquema com uma farmácia para comprar grandes quantidades de Propofol em uma base regular. Mas ele mentiu para o farmacêutico, dizendo que tinha uma clínica em Santa Monica, e ele não tem.
- Em 10 de maio de 2009, Murray fez uma gravação de voz em seu iPhone que revela que Michael Jackson estava sob a influência de "substâncias desconhecidos" com o médico sentado ao seu lado. Isso mostra que Murray tinha consciência do estado de Michael.
- A polícia foi avisada às 12h20. Quando os paramédicos chegaram, Michael estava morto.
- Murray nunca disse aos paramédicos que ele deu Propofol ao músico, mesmo quando eles o questionaram sobre drogas administradas por ele.
- Os paramédicos afirmaram que Michael Jackson estava morto, mas Murray insistiu para que o transportassem para o hospital.
- Dois dias depois da morte do músico, Murray encontrou-se com detetives da polícia de Los Angeles e divulgou que estava dando doses diárias de Propofol ao astro por mais de dois meses, com o intuito de colocá-lo para dormir. Esta é a primeira vez que Murray revelou isso.
- Murray disse à polícia que ele foi ao banheiro para urinar e quando voltou, dois minutos mais tarde, descobriu que Michael não estava respirando. O Ministério Público diz que deixar um paciente sozinho é considerado abandono médico.
- O promotor encerrou afirmando que Conrad Murray agiu com negligência e não estava pensando no interesse de Michael Jackson, mas sim trabalhando por US$ 150 mil (R$ 276 mil) por mês.

Foto: SplashNewsAmpliar
Randy e Latoya Jackson, irmãos de Michael Jackson, chegam ao Supremo Tribunal de Los Angeles para acompanhar a sentença do médico

Foto: SplashNews
Joe e Katherine Jackson: pais do popstar na chegada à corte

Fonte:  com agências internacionais

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