sexta-feira, 15 de julho de 2011

Marcha de árabes e judeus reune milhares na Palestina
Árabes e judeus chegam ao bairro palestino de Sheikh Jarrah


Judeus e árabes protestam em Jerusalém por um Estado palestino

Milhares de judeus e árabes participaram nesta sexta-feira (15) de um ato em Jerusalém a favor da homologação pela ONU do Estado da Palestina, com plenos direitos dentro da organização.

A manifestação aconteceu ao longo da fronteira internacionalmente reconhecida entre a parte judaica da cidade e os territórios palestinos, ocupados por Israel desde 1967.

Os manifestantes protestaram contra a lei aprovada pelo Parlamento Israelense que impõe multas àqueles que promoverem boicote econômico, cultural ou acadêmico às colônias ilegais judaicas estabelecidas em território palestino ocupado, a seus residentes ou a seus produtos.

A manifestação, que transcorreu sem incidentes e tinha como lema "Marchando pela independência palestina", termina no bairro palestino de Sheikh Jarrah, palco mais visado pelos israelenses para expulsar e instalar de forma ilegal novos colonos, destruindo casas e estabelecimentos comerciais de palestinos.

Histórica
Os manifestantes levavam bandeiras palestinas e gritavam palavras de ordem, entre elas "judeus e árabes se recusam a ser inimigos". A manifestação é considerada histórica, tanto pelo número sem precedentes de manifestantes dos dois lados como pela maneira como foi coordenada.

No passado já ocorreram manifestações conjuntas de ativistas israelenses e palestinos, mas o número de participantes não ultrapassou a casa dos centenas e os atos foram coordenados por lideranças pacifistas israelenses e lideranças palestinas.

Na manifestação desta sexta-feira a coordenação foi feita com comissões populares de moradores de Jerusalém Oriental;

Segundo os organizadores, "esta manifestação é um evento histórico na luta não-violenta para acabar com a ocupação".

"A manifestação prova que israelenses e palestinos são capazes de realizar juntos uma ação direta e não-violenta que terá um impacto importante nos eventos que acontecerão em setembro", afirmam porta-vozes dos ativistas, se referindo à reunião da Assembleia Geral da ONU.

Com agências

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