Servidores da Educação também vão entrar em greve
A ressaca do feriadão atinge hoje boa parte dos
potiguares com a greve em dez setores da administração direta e indireta do
Estado, entre elas a paralisação dos servidores da Educação e o indicativo de
greve na Saúde. Até o fim da semana, policiais civis também podem engrossar o
coro grevista caso o Governo do Estado mantenha a posição de
"descumprimento" do acordo com a categoria. Policiais e bombeiros
militares promovem assembleia hoje para deliberarem os rumos da negociação com
o Governo. E também podem se juntar aos bancários, já em greve desde a semana
passada.
Servidores da Emater, Idiarn, Detran, Fundação José
Augusto, Idema e os de nível superior e técnico das secretarias de Agricultura,
Serviço Social, Controladoria e técnicos de Tributação, estarão reunidos às
8h30 de hoje em frente à Secretaria de Agricultura (Centro Administrativo) para
discutir os próximos passos da greve. "Mas nosso grande manifesto será
quinta-feira. A concentração será no DER, de onde partiremos em caminhada até o
Centro Administrativo", adiantou Santino Arruda, presidente do Sindicato
dos Servidores da Administração Indireta (Sinai).
Trabalhadores em educação também estarão reunidos
às 16h na sede do Sinte/RN (Av. Rio Branco, Cidade Alta) para mostrar a força
do movimento grevista. O motivo para deflagração da greve pelas entidades
filiadas ao Sinai e o Sinte/RN é o mesmo: "O descumprimento do Governo ao
acordo assinado pela representação do Gabinete Civil, em 8 de julho, no qual
ficou acordado o pagamento dos 70% restantes do Plano de Cargos em quatro
parcelas, com início em setembro". A presidente do Sinte, Fátima Cardoso,
classificou o descumprimento como "golpe".
"Esse golpe mostra a relação desrespeitosa e
viciada do governo com os servidores. É inaceitável um acordo assinado hoje e
rasgado amanhã. O governo precisa demonstrar credibilidade. E o secretário (de
administração) José Anselmo ainda acusa a categoria de amnésia. Acredito que
ele não tenha lido o acordo", critica Fátima Cardoso. Ela explica que os
20 mil professores do Estado permanecem em atividade. Aderem à greve os 8 mil
servidores administrativos lotados na Educação. "Vamos nos juntar às
outras categorias pelo mesmo propósito", disse a sindicalista.
Fonte: JMOnline
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