Cairo (AE) - Os manifestantes no Egito convocaram ontem uma greve geral sem prazo para terminar. Além disso, pretendem fazer hoje uma “marcha de um milhão”, para marcar a primeira semana do início dos protestos contra o governo do presidente Hosni Mubarak. Foi convocada uma marcha de um milhão de pessoas para o Cairo, mas outra poderá ocorrer em Alexandria, segunda maior cidade do país. Ontem, segundo a emissora Al-Jazira, do Catar, 250 mil pessoas protestaram contra Mubarak na praça Tahrir no centro da capital.
A greve foi primeiro convocada por trabalhadores da cidade de Suez, no fim do domingo. “Estaremos nos unindo aos trabalhadores de Suez e começaremos uma greve geral até nossas exigências serem atendidas”, afirmou Mohammed Waked, outro organizador dos protestos.
Porta-vozes de vários grupos da oposição, dominados por movimentos de jovens mas que incluem integrantes da proscrita Irmandade Muçulmana, disseram que pretendem marchar até a praça Tahrir, no centro do Cairo, para forçar Mubarak a renunciar até a sexta-feira desta semana. Os grupos de oposição estão se reunindo para unificar sua estratégia e também para analisar se o ex-dirigente da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohammed ElBaradei, pode ser o porta-voz de toda a oposição.
Aparentemente, a Irmandade Muçulmana aceitou deixar de lado suas diferenças com a oposição laica egípcia e se unificar sob ElBaradei. A Irmandade Muçulmana é o maior e mais organizado grupo de oposição. O fato do grupo apoiar ElBaradei indica que ocorreu uma unidade histórica entre grupos laicos e religiosos contra Mubarak.
“O primeiro passo é que Mubarak precisa ir embora. O segundo, que precisamos formar um governo de salvação nacional em coordenação com o exército. O terceiro é que o exército possui essa missão terrível de garantir a segurança”, disse ElBaradei em entrevista à British Broadcasting Corporation (BBC).
O reconhecimento público de qualquer papel que os militares poderão ter em uma possível transição indica que ElBaradei buscar apoio do exército. Desde o golpe militar de 1952 contra o rei Faruk, que acabou com monarquia no Egito, os militares detém um poder considerável no país. Nas décadas mais recentes, eles adotaram um perfil mais discreto.
O porta-voz do Exército do Egito, Ismail Etman, disse que os militares “não usaram e não usarão a força contra o público” e “estão conscientes das legítimas reivindicações do honoráveis cidadãos”.
Centenas de pessoas acamparam durante a noite de domingo para segunda-feira na praça Tahrir, na tentativa de manter ativos os maiores protestos contra o governo no país em três décadas. Após o anúncio da marcha para esta terça-feira, no Cairo, o governo anunciou que todos os serviços de trem estavam cancelados. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
miguel medina / aeEm frente à mesquita, mulheres realizaram manifestação contra o presidente egípcio Mubarak
“Foi decidido durante a noite que haverá uma marcha de um milhão de homens nesta terça-feira (hoje)”, afirmou à France Presse Eid Mohammed, um dos organizadores das manifestações. “Nós também decidimos começar uma greve geral sem data para terminar.”A greve foi primeiro convocada por trabalhadores da cidade de Suez, no fim do domingo. “Estaremos nos unindo aos trabalhadores de Suez e começaremos uma greve geral até nossas exigências serem atendidas”, afirmou Mohammed Waked, outro organizador dos protestos.
Porta-vozes de vários grupos da oposição, dominados por movimentos de jovens mas que incluem integrantes da proscrita Irmandade Muçulmana, disseram que pretendem marchar até a praça Tahrir, no centro do Cairo, para forçar Mubarak a renunciar até a sexta-feira desta semana. Os grupos de oposição estão se reunindo para unificar sua estratégia e também para analisar se o ex-dirigente da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohammed ElBaradei, pode ser o porta-voz de toda a oposição.
Aparentemente, a Irmandade Muçulmana aceitou deixar de lado suas diferenças com a oposição laica egípcia e se unificar sob ElBaradei. A Irmandade Muçulmana é o maior e mais organizado grupo de oposição. O fato do grupo apoiar ElBaradei indica que ocorreu uma unidade histórica entre grupos laicos e religiosos contra Mubarak.
“O primeiro passo é que Mubarak precisa ir embora. O segundo, que precisamos formar um governo de salvação nacional em coordenação com o exército. O terceiro é que o exército possui essa missão terrível de garantir a segurança”, disse ElBaradei em entrevista à British Broadcasting Corporation (BBC).
O reconhecimento público de qualquer papel que os militares poderão ter em uma possível transição indica que ElBaradei buscar apoio do exército. Desde o golpe militar de 1952 contra o rei Faruk, que acabou com monarquia no Egito, os militares detém um poder considerável no país. Nas décadas mais recentes, eles adotaram um perfil mais discreto.
O porta-voz do Exército do Egito, Ismail Etman, disse que os militares “não usaram e não usarão a força contra o público” e “estão conscientes das legítimas reivindicações do honoráveis cidadãos”.
Centenas de pessoas acamparam durante a noite de domingo para segunda-feira na praça Tahrir, na tentativa de manter ativos os maiores protestos contra o governo no país em três décadas. Após o anúncio da marcha para esta terça-feira, no Cairo, o governo anunciou que todos os serviços de trem estavam cancelados. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
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