quinta-feira, 3 de março de 2011

Otan reúne-se para discutir agressão contra a Líbia

Embaixadores dos países-membros do Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan) estão reunidos em Bruxelas nesta quarta-feira (2) para discutir a realização de uma agressão militar contra a Líbia.

O Reino Unido e os Estados Unidos forçam os outros membros a aceitarem o uso da força contra o regime de Muamar Kadafiu, o presidente líbio, mas “não há consenso no seio da Otan para o recurso à força”, segundo reconheceu na terça-feira (1º/3) o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates.

Com uma população de imigrantes do Magreb de tamanho considerável, a França demonstra receio em participar de uma agressão. “Não sei qual será a reação da rua árabe, das populações árabes ao longo do Mediterrâneo se víssemos as forças da Otan desembarcar num território sul-mediterrâneo. Penso que isso poderia ser extremamente contraproducente”, declarou o chefe da diplomacia francês, Alain Juppé.

Em termos práticos, a Aliança de 28 países tem os meios para estabelecer uma zona de exclusão aérea, apesar da complexidade e da exigência de meios para aplicar.

O braço armado do imperialismo já praticou essa medida várias vezes, como antes da agressão contra a Iugoslávia, na Bósnia-Herzegovina, a partir de 1992. Naquela ocasião, a própria ONU cedeu à Otan um mandado para agir e o Pacto Militar só poderia repetir o procedimento na Líbia dentro das mesmas circunstâncias.

De acordo com analistas, caso fracassem na reunião em Bruxelas, Estados Unidos e Reino Unido podem driblar mais uma vez a ONU e agredir a Líbia da mesma maneira que fizeram no Iraque em 2003, embora sob risco de criar uma crise diplomática dentro dos países membros do braço armado do imperialismo.

Petróleo

Diante da situação de iminente ataque, o líder líbio afirmou que poderá abrir a exploração para empresas da China e da Índia, por causa do locaute que empresas ocidentais têm praticado no país nos últimos dias. De acordo com Kadafi, a produção de petróleo no país está no nível mais baixo.

“Os campos e os portos petrolíferos estão seguros e sob controle, mas são as companhias petrolíferas que têm medo”, revelou Kadafi

“Morreremos para defender o petróleo, e todos os que o ameaçam devem compreendê-lo. Estamos preparados para receber companhias indianas e chinesas para substituir as empresas ocidentais”, acrescentou.

Com agências


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