Conselho Nacional de Educação vota proposta de ensino médio mais flexível
O Conselho Nacional de Educação (CNE) vota nesta quarta novas diretrizes para o ensino médio. A proposta preve que as escolas do ensino médio tenham autonomia para escolher quais disciplinas terão mais espaço em sua grade curricular. A flexibilização é uma proposta do conselho debatida há 8 meses e que ganhou na semana passada apoio das secretarias de educação estaduais – responsáveis por mais de 90% das matrículas desta etapa.
De acordo com o projeto, toda escola poderá optar por uma entre quatro áreas de atuação: ciência, tecnologia, cultura e trabalho. Escolhida a ênfase, a instituição montará um currículo próprio de forma a dar mais espaço a disciplinas afins. Nenhuma matéria da base nacional comum - como língua portuguesa e matemática - poderá ficar de fora, mas a carga horária poderá esticar ou encolher, de acordo com a vocação da escola.
O ensino médio tem os piores indicadores de aprendizado e conclusão da educação brasileira: apenas metade dos matriculados conclui os estudos e 10% aprende o que seria o mínimo adequado segundo as expectativas vigentes.
A flexibilização pode ser também de tempo de aula. O ensino médio precisa ter no mínimo 2.400 horas de aula divididas em três anos, mas as novas diretrizes deixam claro que pode haver atividades fora do horário comum e da sala de aula. Outra alternativa para os sistemas seria reduzir o tempo de aula por dia e aumentar o total de semestres.
Agência O Globo
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