Pentágono confirma que bombardeios aéreos na Líbia continuam
O Pentágono assegurou nesta quinta-feira (14) que os Estados Unidos ainda mantêm bombardeios aéreos contra alvos na Líbia, mesmo após a entrega do comando das operações à Otan. Declarações do porta-voz da Secretaria da Defesa do Pentágono, coronel David Lapan, contrastam com as afirmações da Casa Branca sobre as atividades de suas forças nos ataques contra a nação do norte da África.
O governo assegurou que após uma fase inicial de ataques contra a Líbia, a força aérea e as unidades navais norte-americanas teriam um papel de apoio às ações para derrubar o governo do líder líbio Muamar Kadafi.No entanto, nesta quinta-feira, a França condicionou um cessar-fogo à retirada das forças leais a Tripoli, nas cidades onde foram derrotados os grupos rebeldes. Igualmente, o chamado Grupo de Contato para a Líbia, reunido na última quarta-feira em Catar, solicitou que Kadafi deixe o poder.
“Temos que usar todos os meios possíveis e, se houver necessidade, empregar meios militares, para levar ajuda às pessoas que precisam”, indicaram os representantes das nações reunidas e os grupos que se opõem as atuais autoridades líbias.
No entanto, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, admitiu que a operação militar não é suficiente para encerrar o conflito. “Não pode haver uma solução militar, precisamos colocar em prática um processo político”, enfatizou.
Ele acrescentou ainda que a aliança atlântica deixou fora de combate um terço do aparato militar de Kadafi em mais de 900 ataques aéros e rechaçou as críticas da França, que pedem uma intervenção mais contundente da Otan.
A situação na nação árabe se mantém incerta enquanto a União Africana (UA) considera que conseguir um cessar-fogo entre Kafafi e suas forças rebeldes é seu objetivo prioritário.
Apoio financeiro
Os rebeldes que lutam contra o regime de Kadafi vão receber apoio financeiro externo. O "mecanismo transitório de financiamento" foi a forma encontrada pela coligação internacional agressiva para disfarçar as divisões internas no que respeita ao fornecimento direto de armas aos revoltosos.
Segundo o jornal El País, o Grupo de Contato para a Líbia só conseguiu obter o consenso entre seus membros respeitando a exigência de uma solução política para a crise, com o reconhecimento do Conselho Nacional Transitório como "interlocutor legítimo que representa as aspirações do povo líbio" e a criação de um "mecanismo transitório de financiamento" da oposição.
"Kadafi e seu regime perderam toda a legitimidade: devem deixar o poder e permitir que os líbios decidam o futuro", afirma um comunicado do Grupo de Contacto, formado por 16 países e representantes das Nações Unidas, da Otan, da União Europeia, da Organização da Conferência Islâmica e do Conselho de Cooperação do Golfo do Pérsico.
Fonte: Prensa Latina com agências.
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