quinta-feira, 9 de junho de 2011

Irã denuncia política dos EUA em favor de Israel

"Os Estados Unidos buscam, por todos os meios possíveis, provocar um confronto militar entre os países do Oriente Médio para salvar Israel", denunciou o Irã, ao reprovar também pressões de Washington sobre instituições internacionais.

O porta-voz do ministério iraniano de Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast, afirmou que a Casa Branca tem urdido inumeráveis complôs nesta região e trata de apresentar países muçulmanos como uma ameaça, a fim de favorecer ao regime sionista.

"As autoridades norte-americanas, em uma tentativa de resgatar o regime de Israel, estão lutando por arrastar a República Islâmica do Irã a uma guerra, ao mesmo tempo que tentam tirar proveito das revoltas populares em nações árabes", apontou Mehmanparast.

Teerã tem realizado frequentes contatos com governos árabes, com o objetivo de promover relações amigáveis, ao mesmo tempo em que tem reiterado as acusações contra a hostilidade de Washington na instância bilateral e em foros internacionais.

A esse respeito, meios noticiosos oficiais destacaram declarações do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, nas quais culpou os Estados Unidos por interferirem nos assuntos internos da Síria e manipularem o Organismo Internacional de Energia Atômica (OIEA).

Em coletiva de imprensa na terça-feira (07), Ahmadinejad fustigou a OIEA por fazer vista grossa sobre as radiações depois do desastre nuclear de Fukushima, no Japão e, ao mesmo tempo, difundir um novo relatório com questionamentos ao programa atômico persa.

O presidente respondeu assim a uma entrevista do diretor geral do OIEA, Yukiya Amano, na qual disse que o ente recebeu novas informações de que Teerã esteve realizando, há pouco tempo, atividades nucleares não declaradas com fins militares.

Para Ahmadinejad, a referida agência da ONU segue atuando sob pressões políticas. Ele responsabilizou Amano por levar a entidade a uma direção que atinge sua reputação porque "está tomando ordens dos Estados Unidos".

"Condeno a ingerência estadunidense e de seus aliados nos assuntos internos sírios", assinalou por outro lado o chefe de Estado persa ao destacar que o Governo de Damasco "se situa à vanguarda da resistência (contra Israel)".

Ademais, disse confiar em que as autoridades e o povo sírios "estão capacitados para resolver a situação sem necessidade de intervenção externa, (ainda que) desgraçadamente, alguns governos da região estejam atuando igual aos Estados Unidos".

Fonte: Prensa Latina


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