Refugiados no Brasil
O Brasil abriga hoje 4.401 refugiados provenientes de 77 países, a maioria da África. Eles estão concentrados em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas outras capitais brasileiras também os recebem.
Há um ano e meio, um jovem paquistanês chegou a Brasília em busca de refúgio, após sofrer perseguição religiosa em sua cidade, Gujranwala, na conturbada província do Punjab. Com medo de sofrer repressão também aqui, ele prefere não se identificar e não ser fotografado.
Católico e com família de origem curda, o rapaz, de 28 anos, era professor de inglês e dava aulas em uma escola cristã no Paquistão. Ele relatou ter sido intimidado por líderes religiosos muçulmanos, que queriam que ele se convertesse ao islã e desse aulas para muçulmanos na escola católica. Após ser assediado e se recusar por várias vezes a atender o pedido dos religiosos, ele conta que passou a sofrer ameaças de morte. “Disseram que, se eu não me convertesse, eles iam me matar”, lembra. Então, decidiu buscar ajuda e pediu refúgio.
A escolha do Brasil não foi à toa. Além de buscar uma nação católica, o país foi opção porque aqui vive um tio seu, há mais de 30 anos. O jovem paquistanês, que tem o status de refugiado oficialmente reconhecido desde o ano passado, batalha para reconstruir sua vida no Brasil. Ele trabalha em uma agência de viagens na Asa Sul e dá aulas particulares de inglês em Águas Claras. “Quando a situação estiver mais tranquila, quero fazer meu Ph.D em inglês”, empolga-se o professor, que já tem doutorado na língua e se comunica com desenvoltura em português.
Enquanto tenta levar uma rotina normal em Brasília, sua cabeça se volta para o Paquistão, onde estão seus pais e um casal de irmãos mais novos. O rapaz teme pela vida dos familiares e sonha um dia poder trazê-los. “Não posso fazer isso agora, já que cada passagem custa R$ 5 mil. Sou pobre”, lamenta-se, acrescentando que fala com a família todos os dias pela internet, para saber se estão todos bem. “O mais difícil é ficar o tempo todo preocupado.”
Questionado se está feliz por ter escolhido o Brasil, país tão distante do seu, ele diz que sim, principalmente porque aqui encontrou liberdade religiosa. “Este é um país muito bom. Fui muito bem-vindo aqui.”
Fonte: Correio Braziliense
Católico e com família de origem curda, o rapaz, de 28 anos, era professor de inglês e dava aulas em uma escola cristã no Paquistão. Ele relatou ter sido intimidado por líderes religiosos muçulmanos, que queriam que ele se convertesse ao islã e desse aulas para muçulmanos na escola católica. Após ser assediado e se recusar por várias vezes a atender o pedido dos religiosos, ele conta que passou a sofrer ameaças de morte. “Disseram que, se eu não me convertesse, eles iam me matar”, lembra. Então, decidiu buscar ajuda e pediu refúgio.
A escolha do Brasil não foi à toa. Além de buscar uma nação católica, o país foi opção porque aqui vive um tio seu, há mais de 30 anos. O jovem paquistanês, que tem o status de refugiado oficialmente reconhecido desde o ano passado, batalha para reconstruir sua vida no Brasil. Ele trabalha em uma agência de viagens na Asa Sul e dá aulas particulares de inglês em Águas Claras. “Quando a situação estiver mais tranquila, quero fazer meu Ph.D em inglês”, empolga-se o professor, que já tem doutorado na língua e se comunica com desenvoltura em português.
Enquanto tenta levar uma rotina normal em Brasília, sua cabeça se volta para o Paquistão, onde estão seus pais e um casal de irmãos mais novos. O rapaz teme pela vida dos familiares e sonha um dia poder trazê-los. “Não posso fazer isso agora, já que cada passagem custa R$ 5 mil. Sou pobre”, lamenta-se, acrescentando que fala com a família todos os dias pela internet, para saber se estão todos bem. “O mais difícil é ficar o tempo todo preocupado.”
Questionado se está feliz por ter escolhido o Brasil, país tão distante do seu, ele diz que sim, principalmente porque aqui encontrou liberdade religiosa. “Este é um país muito bom. Fui muito bem-vindo aqui.”
Fonte: Correio Braziliense
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