sexta-feira, 20 de maio de 2011

Juiz concede fiança, mas indicia Strauss-Kahn

Nova York (AE) - O juiz Michael Obus, da Suprema Corte do Estado de Nova York, aceitou o pedido de fiança de US$ 1 milhão feito pela defesa do ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, para que ele responda ao processo em liberdade. DSK foi indiciado ontem sob sete acusações de violência sexual contra uma camareira de 32 anos do hotel Sofitel de Manhattan. Ele usará bracelete eletrônico e estará sempre acompanhado de um policial armado. Mais US$ 5 milhões serão pagos em caução, segundo o Wall Street Journal. No final da noite de ontem, Strauss-Kahn pediu demissão do cargo de diretor-gerente do FMI.
Na segunda-feira, a juíza Melissa Jackson havia negado o pedido e DSK foi enviado para o presídio de Rikers Island, em Nova York. Ontem, a defesa chamou de “injusta” a decisão anterior e pediu que ele pudesse responder ao processo junto a sua mulher e sua família e sugeriu um pacote de restrições a serem impostas a DSK para que ficasse em liberdade, como uso de monitoração eletrônica e confinamento em um apartamento em Nova York. Sua esposa, a jornalista Anne Sinclair, estava presente na Suprema Corte. Ela confia na inocência do marido e alugou um apartamento em Nova York.

Richard Drew/AP/AEStrauss-Kahn, que pediu demissão do FMI, vai usar bracelete eletrônico enquanto durar o processoStrauss-Kahn, que pediu demissão do FMI, vai usar bracelete eletrônico enquanto durar o processo
Segundo um dos advogados, a única “consideração” que podia ainda impedir a concessão da fiança seria o “risco de fuga”. “Mas o Senhor Strauss-Kahn é um rosto conhecido por todo mundo ou quase todo mundo neste país. Ele já é visto como um agressor sexual e não vai querer também viver como fugitivo”. 

A acusação, por sua vez, alegou que DSK tem todos os meios “políticos e financeiros”, além de muitos laços na Europa, para tentar fugir dos Estados Unidos. O juiz Obus quis saber se DSK teria outro passaporte além do que foi confiscado pela polícia, mas a defesa garantiu que não. 
Strauss-Kahn renunciou ao cargo no FMI na noite de quarta-feira e afirmou que deixa o posto “para proteger a instituição”. “Eu gostaria de dizer que nego com a maior firmeza possível todas as acusações que foram feitas contra mim”, escreveu. “Eu quero devotar toda a minha força, todo o meu tempo e toda a minha energia para provar a minha inocência”, acrescentou. 
Sucessão
O Fundo Monetário Internacional deve consolidar, o mais cedo possível  principal, a sucessão de Strauss-Kahn se quiser a credibilidade de todo o mundo, afirmou ontem um integrante da Índia do conselho organização. O diretor-executivo Arvind Virmani pediu aos membros do conselho que adotem  processo de votação transparente e publicamente divulgado para a escolha do sucessor de Dominique Strauss-Kahn.  Uma eleição aberta baseada na votação formal “é o melhor e mais aceitável processo para o público”, disse Virmani em entrevista ao The Wall Street Journal. “Não deve ser arbitrário. É como se perde credibilidade.”
Ontem, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, e seu ministro da Economia, Giulio Tremonti, declararam seu apoio à candidatura de Christine Lagarde para o cargo de diretor-gerente do FMI. “A atual ministra Christine Lagarde seria uma escolha excelente”, disse Berlusconi em comunicado divulgado nesta quinta-feira. Já Tremonti disse haver razões “ideais” para “qualquer um” apoiar a candidatura da ministra francesa. 

Fonte: Apud tnonline

Nenhum comentário:

Postar um comentário