Comitê pelo Estado da Palestina Já!: manifesto e ações definidos
O Comitê de Campanha pelo Estado da Palestina Já!, criado em 2010 com a presença do embaixador da Autoridade Nacional Palestina no Brasil, Ibrahim al-Zeben, realizou sua 4ª reunião nesta segunda (11). O grupo avançou, redigiu manifesto oficial, aprovado unanimemente, e definiu data e local para lançamento da campanha. Não estão sozinhos na luta: dia 15, sexta, israelenses e palestinos irão às ruas fazer manifestações pela mesma causa.
Comitê pelo Estado da Palestina Já!
Emir Mourad, diretor da Federação Palestina Árabe no Brasil (Fepal) e membros da UBM, MMM, PC Libanês e CPT (padre Naves) justificaram a ausência, revalidando apoio à iniciativa.
A decisão de consenso foi criar um manifesto de apoio à criação do Estado da Palestina e levá-lo aos mais diversos grupos e comunidades em busca de assinaturas que ratifiquem sua legitimidade.
A campanha está em fase acelerada, porque tem data de início e término já determinadas: o reconhecimento da Palestina como Estado de direito, com território que tenha como base as fronteiras anteriores à ocupação em 1967, será votado em setembro na Assembleia Geral da ONU.
Diversas entidades já autorizaram apor suas respectivas assinaturas no documento definitivo que servirá de campanha a essa luta.
Ato de lançamento
Entre as decisões tomadas pelo grupo ficou estabelecido que o prazo limite para adesão ao manifesto vai até quarta (13). Neste mesmo dia, após encerramento da coleta de assinaturas, às 19 horas, será convocado o ato de lançamento da campanha, que já tem data e local: 5 de agosto, sexta-feira, a partir das 17h, no Sindicato dos Engenheiros do Estado de SP (auditório já reservado).
Com relação à comunicação à opinião pública, ficou definido que inicialmente serão rodados milhares de cópias do manifesto, que conterão as assinaturas das entidades gerais e nacionais que apoiam o movimento.
Além do material impresso, o comitê enviará a arte final para outros grupos que também queiram imprimir e distribuir em outros locais do país.
A reunião aprovou também a logomarca do movimento, criada pelo designer Andocides Bezerra, do Portal Vermelho. O logo identificará o comitê em todo material da campanha, particularmente no leiaute do panfleto de divulgação da causa.
Outro assunto debatido foi a ampliação da coordenação executiva, com convites à participação de novos membros que reflitam as forças políticas atuantes na plataforma unificada e unitária.
“Registramos o interesse de outras centrais sindicais – que mantêm relações com o campo da CMS – e de outros partidos progressistas, que também têm relação com as entidades da Coordenação da CMS, em aderir à causa, mas ainda estamos em etapa de coletar suas assinaturas, assim como de novos simpatizantes”, declarou Lejeune.
Estratégia de Divulgação
O panfleto de convocação para o ato de lançamento será distribuído no próximo dia 22 de julho, sexta-feira, nas mesquitas de São Paulo e na de Campinas.
Também estão sendo feitos esforços para que os panfletos cheguem ao 52º Congresso da UNE, onde existe a possibilidade – atualmente em fase de negociação – do embaixador do Estado da Palestina, Dr. Ibrahim Al Zeben, falar aos estudantes no dia 16 de julho, sábado, dia de maior concentração de público.
A proposta é que o manifesto oficial seja lido em plenário e aprovado pelo grupo de estudantes, de modo que a UNE já encampe e se engaje na campanha .
Movimentos por Estado palestino em Jerusalém
Além de atos no Brasil e em outros países do mundo, é notável a organização de movimentos populares israelenses e palestinos. Representantes dos dois povos se uniram e convocaram uma manifestação para a próxima sexta-feira (15) em Jerusalém em prol de um Estado palestino com base nas fronteiras anteriores à ocupação em 1967.
Está previsto que a marcha, que partirá da cidade antiga de Jerusalém, terá início às 14h (8h de Brasília) de sexta-feira.
Nesse dia termina o prazo que os palestinos têm para apresentar à ONU sua solicitação para que seus territórios sejam admitidos como um Estado de pleno direito, em uma iniciativa motivada pela estagnação das negociações de paz com Israel em 2010.
Na segunda-feira (11), por ocasião da reunião do Quarteto de Madri em Washington, os Estados Unidos reiteraram sua oposição a uma ação “unilateral” na ONU para que os palestinos alcancem sua independência.
"Durante 20 anos a verdadeira paz dependeu de um processo de paz fictício, já que os governos israelenses continuaram de forma unilateral a construção de assentamentos enquanto participavam das negociações", afirmaram os responsáveis pela convocação dos protestos em comunicado.
Os dois movimentos esperam que milhares de israelenses e palestinos participem da manifestação que percorrerá a fronteira que dividia Jerusalém antes de 1967.
Da Redação com agências
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