Mano admite estar em dúvida
Campana (Argentina) - Gazeta Press - O técnico Mano Menezes não confirmou a escalação do Brasil para a partida contra o Paraguai, sábado, em Córdoba. Após o empate sem gols com a Venezuela na estreia da Copa América, o volante Ramires e - principalmente - o atacante Robinho ficaram com suas vagas entre os titulares ameaçadas.ricardo stuckertMano Menezes conversou com o grupo de jogadores que participou da estreia na Copa América
"Já tenho uma perspectiva do time, mas há uma pequena dúvida. Vou deixar para definir isso quando estiver mais perto do jogo", comentou Mano, que colocou Lucas e Elano em sua equipe nos minutos finais do treino secreto de ontem. Segundo o treinador, os testes seriam realizados mesmo se o Brasil tivesse vencido a Venezuela. Penso que deveria fazer isso. Já tinha avisado quando me questionaram o motivo de eu repetir a mesma formação em toda a semana passada. É importante analisar variações, para ver como o time se comporta. Devemos estar preparados para todo o tipo de jogo", explicou.
Mano adotou cuidado para não expor ainda mais Robinho a críticas. O atacante se mostrou incomodado por ser substituído com frequência e é o mais cotado a sair se a comissão técnica julgar necessário mudar o ataque, inoperante nos últimos jogos. "Prefiro conversar coletivamente, para que todos sejam cobrados e elogiados. Os ajustes são para a equipe. A cobrança coletiva, para mim, surte mais efeito. Isso vale para o Robinho", disse Mano Menezes.
Se o Brasil não tiver alterações para enfrentar o Paraguai, a formação que entrará em campo no final de semana é a seguinte: Júlio César; Daniel Alves, Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Lucas Leiva, Ramires e Paulo Henrique Ganso; Robinho, Alexandre Pato e Neymar.
Torneio aberto
O frustrante empate sem gols com a Venezuela modificou o cotidiano da Seleção em Campana. Em meio a treinos secretos, a suspense em relação à escalação da equipe e à tentativa de alguns de transmitir confiança, o favoritismo ao título da Copa América já dividiu o time. O atacante Alexandre Pato foi um dos que não se abalaram: "Todos temem jogar contra o Brasil. Independentemente do resultado do jogo contra a Venezuela, a seleção sempre será favorita. Estamos preparados para aperfeiçoar o nosso trabalho".
Como de hábito, o técnico Mano Menezes demonstrou mais ponderação. Ele chegou até a ficar satisfeito com o fato de sua equipe não ser mais majoritariamente apontada como favorita contra o Paraguai, amanhã, em Córdoba. "Gosto dessa responsabilidade compartilhada. O Paraguai tem uma grande seleção e pode compartilhar isso com a gente", afirmou.
Ricardo Teixeira ameaça imprensa
São Paulo (SP) - Gazeta Press - O presidente da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014, Ricardo Teixeira, mudou seu estilo reservado e falou em entrevista para a revista Piauí deste mês. O mandatário mostrou não dar atenção para as críticas e denúncias ligadas a seu nome. "Não ligo. Aliás, caguei. Caguei de montão [sobre as denúncias em que está envolvido]", afirmou Teixeira. "Só vou ficar preocupado quando as acusações saírem no Jornal Nacional [telejornal da TV Globo]", continuou.
Presidente da CBF desde 1989, Ricardo Teixeira mostrou ceticismo em relação à imprensa. "Você acredita em tudo o que sai na imprensa? Esquece. Isso é tudo armação", desdenhou Teixeira, que diz não acompanhar mais a mídia. "Parei de ver televisão e internet. Não leio mais p... nenhuma. A vida ficou leve pra cacete", completou.
O dirigente foi mais além, e ressaltou a possibilidade de prejudicar os meios de comunicação durante a Copa no Brasil, sem ser punido. "Em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Porque eu saio em 2015 [da presidência da CBF]. E aí, acabou", afirmou Ricardo Teixeira. Mesmo envolvido em escândalos, como de que teria pedido "favores" em troca do voto para a Inglaterra ser a sede da Copa do Mundo de 2018, Ricardo Teixeira é cogitado como o provável substituto de Joseph Blatter na presidência da Fifa, em 2015.
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