domingo, 14 de agosto de 2011


Brasil 4 x 2 Espanha: Só os pênaltis decidiram

Depois de um eletrizante empate em 1 a 1 no tempo normal, que se transformou em um 2 a 2 após a prorrogação, a decisão foi para os pênaltis. Deu Brasil.




Getty Imagens

Dudu fez bela tabela com Henrique e marcou o segundo gol do Brasil
Antes da partida deste domingo, o meia Oscar declarou ao FIFA.com que a disputa entre Brasil e Espanha pelas quartas de final, em Pereira, tinha qualidade técnica para ser uma final de campeonato. Dentro de campo, as duas equipes trataram de dar razão às palavras do brasileiro.

Depois de um eletrizante empate em 1 a 1 no tempo normal, que se transformou em um 2 a 2 após a prorrogação, o único jeito de brasileiros e espanhóis decidirem a vaga na semifinal foi na disputa por pênaltis. Foi então que o goleiro Gabriel brilhou, agarrou duas cobranças e garantiu a vitória por 4 a 2 que coloca a Seleção na semifinal da próxima quarta-feira, também em Pereira, diante do México. O outro finalista vem do duelo entre França e Portugal, no mesmo dia.

Os brasileiros saíram na frente aos 35 minutos do primeiro tempo com Willian e, aos 12 do segundo, levaram o empate de Rodri. Na prorrogação, Dudu devolveu a vantagem ao Brasil aos dez minutos, mas dois minutos depois Álvaro Vázquez empatou outra vez.

Primeiro tempo
No primeiro tempo, durante os primeiros 30 minutos era difícil acreditar que aquele era o clássico tão propalado durante os dias anteriores. Uma só equipe – a Espanha – concentrava não só a posse de bola, como lhe é característico, mas também as chances de gol.

Com Rodrigo e Sergio Canales dando trabalho à defesa, os espanhóis criaram duas grandes chances consecutivas: aos 24 minutos, Rodrigo invadiu a área pela esquerda e obrigou Gabriel a uma defesa difícil com as pernas. Um minuto depois, foi num chute de Oriol Romeu de fora da área que o goleiro do Cruzeiro precisou trabalhar.

Ao Brasil restava tentar contra-atacar, mas os erros de passe, até então, vinham impossibilitando qualquer criação de lance realmente perigoso. Quando ele chegou, porém, foi de forma definitiva: nos primeiros instantes em que os brasileiros conseguiam mostrar lucidez, veio o gol. Philippe Coutinho acertou um belo passe para Henrique na entrada da área. O atacante bateu colocado, com consciência, e acertou o travessão de Fernando Pacheco. No rebote, Willian tocou para o gol vazio. Era o 1 a 0, aos 35 minutos. E assim, com vantagem no placar, os brasileiros terminaram a primeira etapa com o jogo equilibrado; nem sinal da equipe que foi dominada no início.

Segundo tempo
Para infelicidade dos brasileiros, a equipe não voltou para o segundo tempo como havia terminado o primeiro, mas, ao contrário, como havia começado a partida: permitindo os avanços da Espanha e cedendo território.

Foi assim que, logo aos cinco minutos, Isco quase empatou o jogo, obrigando Gabriel a mais uma boa defesa. O Brasil, então, voltava a ser uma equipe de contra-ataques e até esteve perto de transformar um deles em gol, com Oscar. Mas o domínio da Furia em seguida se concretizou no gol de empate, quando, após boa tabela pela direita, Hugo Mallo cruzou de primeira e Rodrigo – o espanhol nascido no Rio de Janeiro – se antecipou a Bruno Uvini e, de cabeça, mandou a bola no canto esquerdo.

Foi preciso que a Espanha empatasse o jogo em 1 a 1 para que a Seleção Brasileira se dispusesse a tomar mais conta da bola e, a partir dos 20 minutos, pouco depois da entrada de Negueba no lugar de Willian, o time exercesse domínio sobre o jogo. Os papéis se inverteram, e quem começou a esperar pelo momento certo para aproveitar os espaços e contra-atacar foi a Espanha, enquanto os brasileiros avançaram Danilo pela direita para tentar criar o segundo gol. As chances pulularam de lado a lado e, de novo, o goleiro Gabriel apareceu bem nas vezes em que a velocidade do ataque da Espanha levou a melhor sobre a defesa do Brasil. Ao final dos 90 minutos, um jogo equilibrado, que merecia mesmo era ser decidido na prorrogação.

Prorrogação
Àquela altura, as duas equipes haviam assumido: era jogo aberto, com ataques de lado a lado, aproveitando-se de dois sistemas defensivos relativamente frágeis e, pior, cansados. Aliás, assim estavam todos: primeiro, Oscar saiu com cãibras aos sete minutos e foi substituído por Allan. Com isso, coube ao Brasil contar com as arrancadas de Negueba e Dudu, que haviam entrado na segunda etapa.

Foi numa dessas, aos dez, que chegou o segundo gol: Dudu partiu com a bola dominada, recebeu um lindo passe de Henrique e, na entrada da área, tocou na saída de Pacheco. Era o 2 a 1 que os comandados de Ney Franco esperavam que pudesse ser o gol da vitória. Mas não foi. Durou apenas dois minutos: imediatamente a Espanha reagiu. Isco abriu a bola na esquerda para Planas, que cruzou para Álvaro Vázquez – outro que entrar na segunda etapa. Livre de marcação, o camisa 20 escorou para empatar o jogo em 2 a 2.

O cansaço foi, aliás, o grande nome do segundo tempo. A Espanha desistiu de contra-atacar e se rendeu. Aos brasileiros só restava tentar pelas pontas, com a velocidade de Negueba e Dudu. Quase deu certo, com mais três boas chances criadas, mas, entre a estafa e o nervosismo, o que restou foi o empate em 2 a 2 e mais uma disputa por pênaltis – a quarta da Copa do Mundo Sub-20 da FIFA Colômbia 2011.

A confiança, então, dividida de lado a lado durante toda a partida, pendeu para um lado só na decisão. Logo de cara, na primeira cobrança, Jordi Amat bateu no canto esquerdo e Gabriel defendeu. A vantagem deu tranqulidade aos batedores brasileiros – Casemiro, Danilo e Henrique – que cobraram com segurança os pênaltis seguintes. Enquanto isso, os espanhóis se mantinham na briga até a quarta cobrança, quando Álvaro Vázquez bateu perto do meio do gol e o cruzeirense Gabriel, de novo, parou a cobrança, dessa vez com as pernas. Final: 4 a 2 que coloca a equipe nas semifinais.

Fonte:FIFA.com

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