Fernando Nakagawa e Fabio Graner
Brasília (AE) - O juro do cheque especial subiu 3,3 pontos porcentuais em julho e atingiu 188% ao ano no fim do mês passado. O patamar é o mais elevado em mais de 12 anos, desde abril de 1999, quando o crédito disponível na conta custava 193,6% ao ano aos clientes.
"A taxa tem mostrado esse comportamento de alta há alguns meses e reflete o perfil do tomador de crédito. Essa é uma operação que oferece taxas diferenciadas dentro de uma mesma modalidade, conforme o tomador", disse o chefe do departamento econômico do Banco Central (BC), Túlio Maciel, ao explicar que a entrada de novos clientes no sistema bancário com perfil de risco mais elevado faz com que os bancos cobrem mais dos clientes.
Maciel afirma que, como essa linha de crédito cobra taxas de juros mais elevadas que as praticadas em outras operações - como o crédito pessoal ou consignado -, é recomendável que se evite a operação e o cliente opte por alternativas mais baratas.
O movimento de alta também foi visto no segmento empresarial. O cheque especial das empresas, chamado de conta garantida, saltou 5,5 pontos em apenas um mês até os 111,7% anuais, o maior patamar em mais de 15 anos, desde março de 1996.
Crédito pessoal
Enquanto a taxa do cheque especial subiu, os juros cobrados pelo crédito pessoal, incluídas operações consignadas em folha de pagamento, caíram 0,3 ponto percentual, para 48,7% ao ano. A taxa cobrada para a compra de veículos caiu nessa mesma proporção (0,3 ponto percentual), para 29,5% ao ano.
As medidas mocroprudenciais e a alta do juro conseguiram reduzir a expansão do crédito. A desaceleração acontece basicamente nas operações que os bancos podem fazer livremente, em especial nas modalidades mais caras, como cheque especial e cartão de crédito. Nos empréstimos direcionados, como o habitacional e do BNDES, porém, o ritmo segue forte.
Enquanto as operações livres cresceram 0,7% em julho, os financiamentos com destinação específica avançaram 1,9%. O primeiro grupo tem vivenciado um processo de alta na taxa de juros, que em julho chegou, na média geral, a 39,7% ao ano. O crédito direcionado trabalha com taxas mais baixas e subsidiadas pelo governo. Exemplo claro do encarecimento do crédito livre é o cheque especial.
Brasília (AE) - O juro do cheque especial subiu 3,3 pontos porcentuais em julho e atingiu 188% ao ano no fim do mês passado. O patamar é o mais elevado em mais de 12 anos, desde abril de 1999, quando o crédito disponível na conta custava 193,6% ao ano aos clientes.
"A taxa tem mostrado esse comportamento de alta há alguns meses e reflete o perfil do tomador de crédito. Essa é uma operação que oferece taxas diferenciadas dentro de uma mesma modalidade, conforme o tomador", disse o chefe do departamento econômico do Banco Central (BC), Túlio Maciel, ao explicar que a entrada de novos clientes no sistema bancário com perfil de risco mais elevado faz com que os bancos cobrem mais dos clientes.
Maciel afirma que, como essa linha de crédito cobra taxas de juros mais elevadas que as praticadas em outras operações - como o crédito pessoal ou consignado -, é recomendável que se evite a operação e o cliente opte por alternativas mais baratas.
O movimento de alta também foi visto no segmento empresarial. O cheque especial das empresas, chamado de conta garantida, saltou 5,5 pontos em apenas um mês até os 111,7% anuais, o maior patamar em mais de 15 anos, desde março de 1996.
Crédito pessoal
Enquanto a taxa do cheque especial subiu, os juros cobrados pelo crédito pessoal, incluídas operações consignadas em folha de pagamento, caíram 0,3 ponto percentual, para 48,7% ao ano. A taxa cobrada para a compra de veículos caiu nessa mesma proporção (0,3 ponto percentual), para 29,5% ao ano.
As medidas mocroprudenciais e a alta do juro conseguiram reduzir a expansão do crédito. A desaceleração acontece basicamente nas operações que os bancos podem fazer livremente, em especial nas modalidades mais caras, como cheque especial e cartão de crédito. Nos empréstimos direcionados, como o habitacional e do BNDES, porém, o ritmo segue forte.
Enquanto as operações livres cresceram 0,7% em julho, os financiamentos com destinação específica avançaram 1,9%. O primeiro grupo tem vivenciado um processo de alta na taxa de juros, que em julho chegou, na média geral, a 39,7% ao ano. O crédito direcionado trabalha com taxas mais baixas e subsidiadas pelo governo. Exemplo claro do encarecimento do crédito livre é o cheque especial.
Uma vergonha nacional, e ainda tem gente falando em fazer uma faxina na pobreza. Como com esses assaltantes de plantão do capital financeiro?
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