Em conversa com ministros, Lula fala do piso do magistério
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta segunda-feira (22) em São Paulo com o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e o ministro da Educação, Fernando Haddad — no Instituto Cidadania, ONG que retomou após deixar a Presidência.
Durante o encontro, Lula falou sobre a demora na implementação do piso nacional de R$ 1.187,97 dos professores que ainda não entrou em vigor, embora a lei que o fixou tenha sido promulgada por ele em 2008.
O piso ainda não está em vigor porque cinco estados foram ao Supremo Tribunal Federal contra a medida, que consideram inconstitucional. O STF rejeitou a ação no dia 6 de abril, mas a decisão ainda não foi publicada.
"O presidente disse que recebe muita cobrança de sindicalistas nas viagens que faz pelo país e queria uma explicação de como está a situação", disse Haddad depois do encontro.
Haddad passou o fim de semana em São Paulo para cumprir compromissos do PT e permaneceu na cidade na manhã desta segunda para gravar entrevista a uma rádio.
Adams disse que aproveitou uma ida a São Paulo para "fazer uma visita" ao ex-presidente, que o nomeou para o cargo que continuou ocupando no governo da presidente Dilma Rousseff. Ele disse que costuma falar periodicamente com Lula por conta de processos nos quais a AGU ainda o defende.
Questionado sobre a conversa a respeito do piso nacional dos professores, confirmou a indagação de Lula e disse que tratou de atualizar o presidente sobre o assunto.
"Eu disse ao presidente que o STF havia dado uma liminar acatando em parte a ação, mas no julgamento do mérito confirmou o piso nacional", afirmou Adams.
Eleições 2012
A visita se estendeu a um almoço depois, no qual Haddad e Lula trataram da pré-candidatura do ministro à Prefeitura de São Paulo.
No começo da noite, Lula recebeu a senadora Marta Suplicy — também pré-candidata do PT à Prefeitura da capital. Depois de duas horas de reunião com Lula, Marta declarou que continua pré-candidata à Prefeitura
De acordo com a senadora, Lula não pediu que ela retirasse sua pré-candidatura em favor do ministro da Educação, Fernando Haddad. Entretanto, Marta reconheceu que o ex-presidente bateu na tecla de uma "cara nova com discurso novo" para o PT na capital paulista. "Lula falou da cara nova, mas eu falei que sou a candidata com mais condições de vencer, ele tem a teoria dele, mas me disse para deixar o processo andar".
Com informações da Folha de S.Paulo e Terra Magazine
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