Desde o dia 1º, o novo salário mínimo de R$ 540 está valendo em todo o território nacional. O aumento nos rendimentos de mais de 1 milhão de potiguares, que têm seus ganhos baseados no mínimo, irá representar um incremento de R$ 556 milhões na economia do Rio Grande do Norte e significar um volume de R$ 271 milhões a mais na arrecadação tributária sobre o consumo no estado. Mas apesar de injetar mais dinheiro na economia do estado, o valor estabelecido para o mínimo tem uma perda de 0,55% ante a inflação, com 2011 sendo o primeiro ano em que não há ganho real para o trabalhador, desde 2003.
O Dieese estima que a variação do INPC em dezembro foi de 0,64%, com o índice totalizando em 6,47% ao longo de 2010, enquanto o aumento do salário apresentou aumento nominal de 5,88%. “Para que o mínimo tenha a mesma variação do INPC, o valor deveria ser de R$ 543”, destaca o supervisor técnico do Dieese no Rio Grande do Norte, Melquisedec Moreira.
De acordo com Moreira, o aumento de R$ 30 no mínimo é positivo para a economia do país, uma vez que haverá mais dinheiro circulando. Já para os trabalhadores, o reajuste ficou aquém do esperado e o movimento sindical está buscando um salário de R$ 580. “O mínimo é importante, no que diz respeito à distribuição de renda. A economia brasileira vai bem e a variação do salário deveria levar em conta também o Produto Interno Bruto (PIB) do país, que deve crescer 7,5% em 2010”, aponta o supervisor técnico do Dieese.
O órgão calcula ainda que com o salário mínimo estabelecido em R$ 540 e a cesta básica de janeiro estimada em R$ 205,84, o novo mínimo terá um poder de compra equivalente a 2,62 cestas básicas. Em 2010, o salário mínimo de R$ 510 tinha o poder de compra de 2,51 cestas básicas. Nacionalmente, o aumento do salário mínimo injetará R$ 18 bilhões na renda de 47 milhões de brasileiros, provocando um incremento de R$ 8,8 bilhões na arrecadação de impostos.
Pouco
Nas ruas de Natal, a opinião mais comum é a de que o aumento do salário mínimo foi pequeno e o valor atual não é suficiente para manter uma família ao longo de um mês. É o caso do marítimo Jhonatan Rafael. Ele acredita que o salário deveria ter apresentado um reajuste maior, ficando acima dos R$ 700 mensais. “Com R$ 540 não dá para sobreviver neste país. Se o salário ficasse com um valor maior do que R$ 700, acho que começaria a ficar bom para a população brasileira”, avalia.
O motorista Raimundo Nonato da Silva diz entender que o trabalhador considera o aumento pequeno. Entretanto, questiona se um incremento maior poderia ser absorvido por empresas de pequeno porte. “Se o aumento fosse de R$ 100, acho que fecharia muitos pequenos negócios. É preciso pensar nos encargos que vêm junto”, ressalta.
alex regisMelquisedec Moreira, do Dieese: “Para ter a mesma variação do INPC, o mínimo deveria ser R$ 543”
A análise é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) que para calcular a revisão efetivada no primeiro mês deste ano considerou a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de janeiro a dezembro de 2010. O acumulado entre janeiro e novembro ficou em 5,83% e o órgão deverá divulgar o resultado de dezembro do ano passado durante a próxima semana.O Dieese estima que a variação do INPC em dezembro foi de 0,64%, com o índice totalizando em 6,47% ao longo de 2010, enquanto o aumento do salário apresentou aumento nominal de 5,88%. “Para que o mínimo tenha a mesma variação do INPC, o valor deveria ser de R$ 543”, destaca o supervisor técnico do Dieese no Rio Grande do Norte, Melquisedec Moreira.
De acordo com Moreira, o aumento de R$ 30 no mínimo é positivo para a economia do país, uma vez que haverá mais dinheiro circulando. Já para os trabalhadores, o reajuste ficou aquém do esperado e o movimento sindical está buscando um salário de R$ 580. “O mínimo é importante, no que diz respeito à distribuição de renda. A economia brasileira vai bem e a variação do salário deveria levar em conta também o Produto Interno Bruto (PIB) do país, que deve crescer 7,5% em 2010”, aponta o supervisor técnico do Dieese.
O órgão calcula ainda que com o salário mínimo estabelecido em R$ 540 e a cesta básica de janeiro estimada em R$ 205,84, o novo mínimo terá um poder de compra equivalente a 2,62 cestas básicas. Em 2010, o salário mínimo de R$ 510 tinha o poder de compra de 2,51 cestas básicas. Nacionalmente, o aumento do salário mínimo injetará R$ 18 bilhões na renda de 47 milhões de brasileiros, provocando um incremento de R$ 8,8 bilhões na arrecadação de impostos.
Pouco
Nas ruas de Natal, a opinião mais comum é a de que o aumento do salário mínimo foi pequeno e o valor atual não é suficiente para manter uma família ao longo de um mês. É o caso do marítimo Jhonatan Rafael. Ele acredita que o salário deveria ter apresentado um reajuste maior, ficando acima dos R$ 700 mensais. “Com R$ 540 não dá para sobreviver neste país. Se o salário ficasse com um valor maior do que R$ 700, acho que começaria a ficar bom para a população brasileira”, avalia.
O motorista Raimundo Nonato da Silva diz entender que o trabalhador considera o aumento pequeno. Entretanto, questiona se um incremento maior poderia ser absorvido por empresas de pequeno porte. “Se o aumento fosse de R$ 100, acho que fecharia muitos pequenos negócios. É preciso pensar nos encargos que vêm junto”, ressalta.
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