sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ah! Senhor meu Deus! Tenha piedade dos medíocres

Eles (os medíocres) se acham. Vivem no submundo do ego e só conseguem respirar porque Deus, em sua infinita bondade, lhe concedeu o principio da ignorância. Habitam os guetos e transitam pelos córregos da alma imunda. Chegam à ousadia de sentir-se “gente”. Julgam com a autoridade e a consciência dos imorais. Fazem do preconceito uma arma contra sua cegueira, não enxergam um palmo à frente do seu nariz, cobaias de um processo que aos poucos ira destituí-los do próprio ser. Sua ânsia é pelos holofotes, e, tem a ousadia de pensar que todo mundo é um idiota. Seu universo é o próprio umbigo, os outros são meros coadjuvantes em sua triste sina. Reinventam-se a cada instante, onde há um ambiente passivo de status lá estão eles, em posse de natureza morta. Direcionam seu alvo, e com um sorriso voraz, atacam a pressa, normalmente detentores de posições privilegiadas. Essa espécie, ainda sem uma clara classificação da ciência, se reproduz numa velocidade assustadora. Para eles tudo é fugaz, o que vale é o que pesa. Tenho convivido neste universo, por mais que tente me acostumar, sou surpreendido pelo meu intelecto que insiste em acreditar na dignidade humana. Tenho minhas reservas quanto às instituições e as convenções sociais, respeito, mas não sei se posso acreditar. Por onde ando há sempre legiões de medíocres no meu caminho. Talvez o leitor não me entenda, mas sou um homem do pôr-do-sol, que se encanta com o orvalho de uma noite de luar, ouvindo as melodias de estrutura esteticamente distinta e harmônica de Bach, Mozart, Chopin, Beethoven, Tchaikovisky, Strauss, Haendel, Vivaldi, Ravel saboreando um Chardonnay ou Sauvignon. Posso até afirma, que com toda essa disritmia social, ainda sou capaz de brinca com meu filho todas as noites, e antes de dormir, me entrega aos versos do indisciplinador de almas Fernando Pessoa e seus heterônimos. Quanto aos medíocres, não sei se são capazes de me compreender.
Fonte: Blog do Locha

Um comentário:

  1. Segundo o filósofo FRED BRAGA, o texto foi baseado na vida real do próprio autor: Locha.

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