quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sarney espera definir no início da tarde suplências da Mesa no Senado

José Sarney disse que ainda está negociando com os partidos.
O presidente do Senado, José Sarney, disse na manhã de hoje (2) que as pendências para a composição da Mesa Diretora já estão praticamente superadas. Mesmo sem qualquer acordo para as das comissões permanentes, a expectativa de Sarney é que a votação dos cargos de suplentes da Mesa seja concluída na reunião marcada para as 12h (de Natal).

“Hoje encerraremos a votação da nova Mesa Diretora na sessão preparatória”, disse o presidente do Senado à Agência Brasil. A base aliada, entretanto, tenta manter aberta as negociações com o DEM e o PSDB para composição das comissões que poderia passar pela recomposição das suplências.

Os governistas querem a presidência da Comissão de Infraestrutura, um colegiado estratégico uma vez que o governo quer dar celeridade aos projetos que integram os Programas de Aceleração do Crescimento (PAC) 1 e 2. Com as comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Assuntos Econômicos (CAE) já pleiteadas pelo PMDB e PT, respectivamente, a terceira escolha é do PSDB.

Com os tucanos, por sua vez, não há acordo. O líder do partido, Álvaro Dias (PR), afirmou que só há possibilidade de a legenda abrir mão da Comissão de Infraestrutura caso seja uma decisão da bancada, possibilidade que praticamente descarta.

“Encerramos as negociações. Até ontem, à noite, recebi ligações de representantes da base do governo tentando manter as conversas, mas a decisão da bancada é dar o assunto por encerrado”, afirmou Dias. Ele também não acredita que a base governista imponha sua maioria na comissão e lance um candidato avulso para ter o comando da Infraestrutura.

“Se eles forem para o voto [com candidato próprio e contra a indicação do PSDB] será um desastre. Prefiro não acreditar nisso. O PMDB teria que ser o primeiro partido da base a votar conosco uma vez que mantivemos o princípio do tamanho das bancadas (proporcionalidade partidária). Nós sequer admitimos essa hipótese”, disse Álvaro Dias. Um líder governista, entretanto, afirmou à Agência Brasil que a hipótese existe e seria um recurso extremo caso os tucanos não reabram as negociações.

O Democratas indicou ontem a senadora Maria do Carmo Alves (SE) para um dos cargos na suplência. Segundo o líder do partido, José Agripino Maia (RN), a vaga cabe ao partido e foi negociada com as lideranças do PT e do PMDB.

José Agripino disse ainda que o acordo entrega ao DEM o comando da Comissão de Agricultura e a direção da Ouvidoria do Senado.

* Fonte: Agência Brasil.

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