sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Ex-companheiros lamentam morte prematura de jogador ex-Cruzeiro e Palmeiras

ALEX ALVES »


 (Divulgação)


Jogador rápido, de grande explosão e detestado pelos zagueiros adversários. Assim, os ex-companheiros de Alex Alves, tanto de Cruzeiro quanto de Atlético, o descreveram em campo. Fora dele, uma pessoa vaidosa, um pouco fechada, mas de bom coração. A tristeza pela morte precoce do ex-atacante, que lutava contra uma Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN), doença rara própria da medula óssea, foi evidente no depoimento dos antigos jogadores do futebol mineiro. Em entrevista ao Superesportes, alguns deles comentaram a respeito da convivência com Alex durante sua trajetória no esporte.

“O Alex era um cara na dele, tinha respeito por todo mundo. Estávamos torcendo pela recuperação dele, mas infelizmente não aconteceu. Soube do falecimento dele através do meu irmão, que me ligou para avisar. Fiquei muito triste, ele vai deixar muitas saudades”, disse Marcelo Ramos, ex-companheiro de Alex Alves no Cruzeiro entre os anos de 1998 e 1999.

Nascidos na Bahia, porém em cidades diferentes, Marcelo Ramos e Alex Alves eram bastante próximos no período em que jogaram juntos em Belo Horizonte. “Tínhamos um relacionamento muito bom, até pelo fato de nós dois sermos baianos. Antes da época do Cruzeiro, já havia jogado contra o Alex – eu pelo Bahia e ele pelo Vitória. Jogamos juntos também na Seleção Brasileira Sub-20. Daí, quando ele veio para o Cruzeiro, a amizade se fortaleceu. Foram dois anos muito bons”, disse.

O ex-zagueiro Wilson Gottardo, que atuou junto com Alex Alves em 1998, disse que não tinha conhecimento sobre a doença do ex-companheiro. “Não sabia que o Alex estava doente. Depois que ele encerrou a carreira, não tive mais nenhum contato. Ouvi a notícia da morte dele em uma rádio de São Paulo e isso me pegou de surpresa nesta manhã”, revelou ao Superesportes.

Para Gottardo, a qualidade de Alex Alves em campo era indiscutível. O capitão celeste no título da Copa Libertadores de 1997 disse que, quando o Cruzeiro jogava contra times sul-americanos, os marcadores adversários ficavam desesperados quando a bola caía nos pés de Alex. “Ele era detestado pelos jogadores dos times argentinos. Quando jogávamos contra eles, alguns atletas adversários chegavam e me perguntavam: 'Como é que a gente faz para parar esse cara?' Eu me divertia com esses acontecimentos. O Alex era um jogador de muita explosão, tinha uma aceleração excelente. Como ele, vi poucos. Talvez o Denílson, que jogava no São Paulo”, lembrou.

Do Superesportes
Apud DN Online

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