Um conjunto de medidas anunciado pelo Banco Central para conter a expansão do crédito, os riscos de inadimplência e de inflação no mercado tem significado, desde o dia 6 deste mês, para o consumidor, pagar mais caro na hora de financiar um veículo novo ou usado em todo o país e, no Rio Grande do Norte, o peso também está sendo sentido no bolso. As medidas provocam, entre outras mudanças, o aumento das taxas de juros e do desembolso relativo à entrada, principalmente para quem quer comprar sem qualquer adiantamento ou com prazos de pagamento mais longos. Na prática, fica mais difícil e caro comprar um carro com prazo superior a dois anos, sem dar, no mínimo, 20% de entrada.
O gerente comercial da concessionária Autobraz, Nilton Leite, explica que as novas regras inibem o financiamento com entrada de 0% e reduzem o prazo máximo de pagamento oferecido aos clientes de 72 meses para 60 meses. Os juros também ficam mais altos. Concessionárias consultadas pela reportagem não informaram com precisão em quanto estavam as taxas antes da edição das novas regras. Estimativas apontam, no entanto, que giravam em torno de 1,36%, dependendo das condições de financiamento. Isso, porque quanto maior o prazo e menor a entrada, maior a taxa de juros.
Rosane Caroline Sales, gerente de financiamentos da Autobraz, explica que, atualmente, se o cliente optar por comprar um carro sem entrada, em 60 meses, vai ter de pagar taxa de aproximadamente 1,80% ao mês. Se a entrada for de 20% e o financiamento em 36 meses, a taxa cai para 1,5%. “Já se a entrada for de 30% e o financiamento em 48 meses os juros serão de 1,4%. A taxa para quem der entrada de 40% também é de 1,4% ao mês”, diz. Neste último caso, as regras permanecem inalteradas, de acordo com Nilton Leite. Na visão dele, as medidas poderão restringir as vendas de carros populares, apesar de até o momento não ter havido retração no volume comercializado. “ Um carro de R$ 33 mil, R$ 35 mil, por exemplo, exigiria entrada de pelo menos R$ 12 mil e isso pesa no bolso. Estamos falando de uma fatia de clientes que dificilmente tem toda essa disponibilidade de recursos”.
O diretor comercial das concessionárias Pontanegra Fiat e Salinas Ford, Marcelo Coutinho, pondera, no entanto, que o impacto das novas regras foi pequeno para quem compra dando entrada. “para o cliente que dá a partir de 20% e parcela em 60 meses tem um aumento médio de R$ 4 a R$ 5 na parcela. O cliente que compra sem entrada vai sentir mais”, opina.
Usados
No setor de usados, em que 90% dos veículos são financiados e em que, em meio a esse volume, a grande maioria é vendida com prazo de pagamento superior a dois anos, também houve mudanças. Se antes era possível comprar um veículo com entrada de 10%, no mínimo, hoje essa exigência mínima sobe para 20%. “Ainda está-se financiando sem entrada, mas a taxa de juros aumenta. Se antes ficava numa média de 1,80% ao mês, hoje sobe para 2,10% ao mês”, calcula o presidente do Sindicato dos Revendedores de Veículos Usados do Rio Grande do Norte (Sindirev), Moisés Nascimento.
Mesmo aumentando o peso no bolso do consumidor, as lojas afirmam que as medidas ainda não estão provocando retração nas vendas no estado. As empresas também não disponibilizaram simulações de preços cobrados antes e depois das medidas. Marcelo Coutinho, da Pontanegra Fiat, observa que as novas regras podem parecer negativas a primeira vista, mas diz que seria muito mais negativo se crescessem a inflação e a inadimplência”. “E acho muito mais fácil faltar carro nas lojas, por causa das férias coletivas das montadoras nesse período, do que haver retração nas vendas”, diz.
O gerente comercial da concessionária Autobraz, Nilton Leite, explica que as novas regras inibem o financiamento com entrada de 0% e reduzem o prazo máximo de pagamento oferecido aos clientes de 72 meses para 60 meses. Os juros também ficam mais altos. Concessionárias consultadas pela reportagem não informaram com precisão em quanto estavam as taxas antes da edição das novas regras. Estimativas apontam, no entanto, que giravam em torno de 1,36%, dependendo das condições de financiamento. Isso, porque quanto maior o prazo e menor a entrada, maior a taxa de juros.
Rosane Caroline Sales, gerente de financiamentos da Autobraz, explica que, atualmente, se o cliente optar por comprar um carro sem entrada, em 60 meses, vai ter de pagar taxa de aproximadamente 1,80% ao mês. Se a entrada for de 20% e o financiamento em 36 meses, a taxa cai para 1,5%. “Já se a entrada for de 30% e o financiamento em 48 meses os juros serão de 1,4%. A taxa para quem der entrada de 40% também é de 1,4% ao mês”, diz. Neste último caso, as regras permanecem inalteradas, de acordo com Nilton Leite. Na visão dele, as medidas poderão restringir as vendas de carros populares, apesar de até o momento não ter havido retração no volume comercializado. “ Um carro de R$ 33 mil, R$ 35 mil, por exemplo, exigiria entrada de pelo menos R$ 12 mil e isso pesa no bolso. Estamos falando de uma fatia de clientes que dificilmente tem toda essa disponibilidade de recursos”.
O diretor comercial das concessionárias Pontanegra Fiat e Salinas Ford, Marcelo Coutinho, pondera, no entanto, que o impacto das novas regras foi pequeno para quem compra dando entrada. “para o cliente que dá a partir de 20% e parcela em 60 meses tem um aumento médio de R$ 4 a R$ 5 na parcela. O cliente que compra sem entrada vai sentir mais”, opina.
Usados
No setor de usados, em que 90% dos veículos são financiados e em que, em meio a esse volume, a grande maioria é vendida com prazo de pagamento superior a dois anos, também houve mudanças. Se antes era possível comprar um veículo com entrada de 10%, no mínimo, hoje essa exigência mínima sobe para 20%. “Ainda está-se financiando sem entrada, mas a taxa de juros aumenta. Se antes ficava numa média de 1,80% ao mês, hoje sobe para 2,10% ao mês”, calcula o presidente do Sindicato dos Revendedores de Veículos Usados do Rio Grande do Norte (Sindirev), Moisés Nascimento.
Mesmo aumentando o peso no bolso do consumidor, as lojas afirmam que as medidas ainda não estão provocando retração nas vendas no estado. As empresas também não disponibilizaram simulações de preços cobrados antes e depois das medidas. Marcelo Coutinho, da Pontanegra Fiat, observa que as novas regras podem parecer negativas a primeira vista, mas diz que seria muito mais negativo se crescessem a inflação e a inadimplência”. “E acho muito mais fácil faltar carro nas lojas, por causa das férias coletivas das montadoras nesse período, do que haver retração nas vendas”, diz.
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